Lar de Santo António de Santarém quer alargar actividade com construção de creche
Instituição tem um historial de 150 anos a cuidar de crianças e jovens, entre os cinco e os 18 anos. No horizonte da direcção do Lar de Santo António de Santarém está agora a construção de uma creche na cidade.
A direcção do Lar de Santo António da Cidade de Santarém pretende adquirir as partes que outras três instituições da cidade detêm em dois prédios urbanos de que são co-proprietárias no centro histórico de Santarém. A intenção do Lar de Santo António é ficar como único proprietário desses imóveis, para posteriormente os vender e encaixar receitas para aplicar no desenvolvimento da sua actividade.
Os terrenos situam-se na Rua 1º de Dezembro e na Rua Dr. Mendes Pedroso, onde outrora estiveram edificados prédios de habitação entretanto demolidos. As autorizações para aquisição e posterior venda dos terrenos vão ser objecto de deliberação em assembleia-geral do Lar de Santo António agendada para 23 de Novembro, pelas 20h30.
A presidente da direcção do Lar de Santo António da Cidade de Santarém, Maria Emília Rufino, explica a O MIRANTE que os imóveis em causa foram legados há algumas décadas a instituições de Santarém, tendo actualmente como co-proprietários o Lar de Santo Anónio, a Misericórdia de Santarém, a Segurança Social e a Câmara Municipal de Santarém. Existe acordo com as outras entidades para a venda das suas partes, estando também já alinhavada a posterior alienação dos terrenos a terceiros. A dirigente do Lar de Santo António preferiu não adiantar os valores que estão em causa.
Uma creche no horizonte
O Lar de Santo António tem o estatuto de instituição particular de solidariedade social (IPSS) e a sua actividade está há 150 anos ligada ao apoio à infância e juventude. Inicialmente só recebia raparigas, mas desde 2020 acolhe jovens de ambos os sexos, dos cinco aos 18 anos, a maioria proveniente de famílias problemáticas. Actualmente tem 23 utentes e 18 funcionários. A instituição pretende alargar o seu raio de acção com a criação de uma creche, equipamento deficiário na cidade. Para tal adquiriu um terreno na zona norte da cidade.
Maria Emília Rufino diz que a situação financeira da instituição está equilibrada apesar das despesas associadas à manutenção das centenárias instalações no Largo Pedro Álvares Cabral. Assume que o grande projecto, de momento, é a construção da creche, mesmo sabendo que é um processo que “vai levar o seu tempo”, mas sublinha que a prioridade permanente é manter as actuais instalações e valências a funcionar no apoio a crianças e jovens. “É um edificado antigo, que tem os seus problemas. Não podemos sacrificar as crianças a um projecto; e as nossas instalações têm que ter todas as condições para continuarmos a prestar um bom serviço”, vinca a presidente do Lar de Santo António.