Economia | 01-02-2023 21:00

Empresa multada em 115 mil euros por atraso nas obras da Igreja do Alporão

Empresa multada em 115 mil euros por atraso nas obras da Igreja do Alporão
As obras na Igreja de São João de Alporão deviam ter ficado concluídas em Novembro de 2021 mas só terminaram no segundo semestre de 2022

Câmara de Santarém não perdoou e decidiu aplicar uma multa por incumprimento contratual à firma que executou a empreitada de conservação e beneficiação exterior da Igreja de São João de Alporão, no centro histórico da cidade.

A Câmara de Santarém decidiu aplicar uma multa contratual, no valor de 115 mil euros, à empresa a quem foi adjudicada a empreitada de conservação e beneficiação exterior da Igreja de São João de Alporão por atraso na conclusão dos trabalhos. Segundo o contrato, a obra devia ter ficado concluída em 29 de Novembro de 2021 mas só ficou concluída no segundo semestre de 2022.
A empreitada foi consignada no dia 25 de Fevereiro de 2021 e tinha um prazo de execução de 270 dias (9 meses). No entanto, a intervenção só se iniciou no dia 14 de Maio de 2021 após os trabalhos de montagem dos andaimes e do estaleiro junto ao monumento nacional, situado no centro histórico da cidade. O montante da penalização foi aprovado pelo executivo camarário na reunião de 9 de Janeiro.
Recorde-se que a Igreja de São João do Alporão esteve encerrada desde 2012 até à realização das obras por razões de segurança devido a problemas na estrutura. A obra foi orçada em cerca de 900 mil euros. Foi adjudicada à empresa In Situ, Conservação de Bens Culturais, Unipessoal, Lda e visou a conservação e beneficiação exterior do edifício tendo incidido, na primeira fase, no tratamento dos paramentos exteriores e cobertura.
Com as obras na Igreja de São João do Alporão concluídas a intenção da Câmara de Santarém é reabrir o monumento à visitação. A 18 de Maio último, em que se assinalou o Dia Internacional dos Museus, o município promoveu uma visita ao monumento e como referiu uma técnica da empresa que procedeu à consolidação das paredes da entrada principal e de uma das laterais da igreja, as pedras esboroam-se com a humidade e infiltrações e é muito difícil preservar um edifício com essas características.
Quanto ao futuro do monumento parece certo que não voltará a ter as características de museu apesar da valia de alguns bens que ali se encontram, de que é expoente máximo o túmulo de Dom Duarte de Menezes, alferes-mor durante o reinado de D. Afonso V, morto na defesa da praça marroquina de Alcácer-Seguer conquistada em 1458.

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