Trabalhadores da Sumol+Compal em Almeirim em protesto
Funcionários voltam à luta um ano após terem tentado melhorar as suas condições na empresa
Os trabalhadores da Sumol+Compal da fábrica de Almeirim vão estar em greve na quinta-feira, 9 de Fevereiro, exigindo o fim da discriminação salarial e por aumentos salariais dignos. A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional da Indústria Alimentar. Já há um ano os trabalhadores tinham realizado uma acção de protesto contra o que afirmaram ser a “intransigência” da administração perante reivindicações apresentadas em Novembro de 2021.
Na greve, que vai também, incluir também uma concentração junto à empresa, na zona das piscinas de Almeirim, entre as 12h00 e as 14h30, os trabalhadores lutam pelas categorias profissionais, progressão na carreira, actualização do subsídio de turno fixo, actualização do pagamento de horas nocturnas, folga no dia de aniversário do trabalhador ou de filho até 12 anos, por 25 dias de férias, aumento do subsídio de alimentação, pelas 35 horas semanais e lavagem do fardamento a cargo da empresa. Os trabalhadores querem ainda a negociação e cumprimento do contrato colectivo de trabalho que dizem não ser revisto desde 2011.
Há um ano os trabalhadores da Sumol+Compal reivindicavam na altura a “reformulação do escalonamento da tabela salarial, quase totalmente absorvida pelo SMN [Salário Mínimo Nacional], e a implementação de perspectivas de progressão de carreira”. O sindicato alegava há um ano que a administração da empresa “não tem dado qualquer resposta objectiva, desvalorizando a iniciativa e os próprios trabalhadores”. A empresa respondia na altura que “está sempre disponível para ouvir as preocupações dos seus trabalhadores através de um diálogo aberto e responsável”.
Numa Carta Reivindicativa aprovada em Novembro de 2021, era pedida uma valorização do vencimento base em 150 euros, para todos os trabalhadores, para inverter a perda do poder de compra ocorrida na última década, a actualização do subsídio de turno para 25% do salário base, bem como das horas nocturnas (de 27,5% para 35% e de 39% para 50%) e do subsídio de refeição para 7,5 euros.