A programação do Projecto Fôlego passou no sábado, 11 de Fevereiro, em Mação com o workshop “Negócios Sustentáveis - Desafios Criativos”, que juntou cerca de 15 participantes no Instituto Terra e Memória e que foi conduzido pelo actor, encenador e produtor cultural Miguel Abreu. O também fundador e director da produtora Cassefaz, formado em Direito, procurou mostrar novos caminhos e oportunidades aos participantes e aos seus pequenos negócios, desde as bonecas fabricadas por Sofia Costa Branco, ao artesanato de Ana Paula Aguiar, que recicla telhas, filtros de café usados, pedras, tiras de papel ou azulejo, entre outros.
“O meu envolvimento com este projecto nasce do cruzamento entre dois universos, um mais formal e outro mais artístico, um mais factual e outro mais poético”, disse Miguel Abreu a O MIRANTE, contando que sempre remou ao longo da sua vida contra os cânones académicos normais. “Estou mais preocupado que o conceito chegue às pessoas e que lhes dê respostas assim como elas me foram surgindo ao longo da vida”, vincou.
O projecto Fôlego convida à imersão no património natural por via das artes, unindo-as com a ciência e o ambiente para que se mitigue a problemática das alterações climáticas. Fôlego “surge da associação do território ao fogo, mas também ao ar, necessário à combustão e à vida” e apresenta uma programação das mais diversas áreas artísticas, tendo como eixo principal a arte participativa e comunitária em relação próxima com as populações. Seleccionado para financiamento no quadro EEA Grants, Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu, o projecto Fôlego é promovido pela Academia de Produtores Culturais, em parceria com a Mapa das Ideias, H2Dance (Noruega), Universidade da Islândia, Associação Pinhal Maior e os cinco municípios envolvidos: Mação, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei.