Indústria lidera em volume de negócios no distrito de Santarém
Apesar de a indústria representar apenas 9% das empresas, o sector lidera o volume de negócios no distrito de Santarém, sendo que a área de serviços, a que tem maior representatividade, apresenta apenas 7% do volume de negócios total.
Apenas 9% das empresas do distrito de Santarém são indústrias, mas o sector lidera em volume de negócios (34%), numa região em que as empresas mais antigas são as que apresentam maior facturação, segundo dados da Iberinform. Em comunicado divulgado no dia 14 de Março, a filial da Credito y Caución afirma que 4% das empresas portuguesas que apresentaram as suas contas em 2022 estão instaladas no distrito de Santarém, de forma “muito dispersa” pelos seus 21 concelhos, com Santarém a liderar (16%), seguida de Ourém (13%), Benavente (8%), Tomar e Torres Novas (7%), e Abrantes (6%), situando-se os restantes 43% nos outros 15 concelhos.
A distribuição das empresas por dimensão mostra que 87% são microempresas, as quais representam 13% do total do volume de negócios, perto de 12% são pequenas empresas (27% da faturação) e 1% são médias (25% da faturação). “Embora quase não existam empresas de grande dimensão, estas lideram no valor de facturação, com um total de 35% do volume de negócios”, salienta o comunicado.
Os dados resultam da análise dos indicadores financeiros de 13.594 das 22.297 empresas existentes no distrito de Santarém, respeitando àquelas que têm balanço, disse fonte da Iberinform à Lusa. Apesar de a indústria representar apenas 9% das empresas, o sector lidera o volume de negócios no distrito (34%), sendo que a área de serviços, a que tem maior representatividade (36%), apresenta apenas 7% do volume de negócios total.
“Os sectores definidos como ‘outros’ representam 30% do número de empresas e apresentam uma facturação de 43% do total do distrito, o que demonstra que os setores menos tradicionais na análise são muito relevantes para a economia de Santarém”, acrescenta.
Quanto à antiguidade das empresas, os dados mostram que 39% foram constituídas há mais de 16 anos, apresentando uma facturação de 72% do total de volume de negócios (50% nas criadas há mais de 25 anos e 22% nas que têm entre 16 e 25 anos). A maioria das empresas foi constituída nos últimos 15 anos (51%), sendo a sua facturação de 28% (31% das empresas têm menos de cinco anos e facturação de 5% do total de volume de negócios, 18% têm entre seis e dez anos e 11% de facturação e 12% entre 11 e 15 anos e 12% de facturação). “Podemos concluir que as empresas com um valor mais elevado de facturação são as que estão presentes nos respectivos sectores há mais tempo”, refere a nota.
Os dados mostram que, em 2022, o número de processos de insolvência no distrito baixou 5%, comparando com 2021, e as dissoluções reduziram 15%. Em contrapartida, foram constituídas 1.342 novas empresas, um aumento de 11% face a 2021, acrescenta.