Ocupação hoteleira em Fátima com taxas próximas dos 100% na Páscoa
Presidente da Associação Empresarial Ourém-Fátima, Purificação Reis, diz que a expectativa dos empresários é a de que 2023 seja um excelente ano turístico em Fátima. Os indicadores da Páscoa vão nesse sentido.
A presidente da Associação Empresarial Ourém-Fátima (ACISO), Purificação Reis, disse que a expectativa dos empresários de Fátima é a de que 2023 seja um excelente ano turístico, “permitindo-lhes voltar ou ultrapassar os números de 2019, pré-pandemia”. “O facto de ser um ano marcado pela vinda do Papa e pela realização das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) trará toda uma divulgação e promoção do destino que impactará positivamente o sector para além do período” da jornada.
Um indicador positivo nesse sentido foi o de a ocupação hoteleira em Fátima para o fim de semana da Páscoa ter apresentado taxas próximas dos 100%, verificando-se um regresso à ‘nova normalidade’ com um grande afluxo de peregrinos espanhóis, também ele característico desta época, disse a dirigente associativa à agência Lusa. Realçou também “a presença de turistas de uma enorme diversidade de nacionalidades, incluindo os asiáticos que já começaram a marcar presença em Fátima, depois de um grande período de ausência provocado pela pandemia” de Covid-19.
O impacto das Jornadas Mundiais da Juventude
A presidente da ACISO destacou que este ano “será uma oportunidade única para ‘plantar sementes’”, pois os milhares de jovens que visitarão Fátima “poderão ou não ficar motivados a voltar”, consoante a experiência que tiverem do destino. “Estes jovens que nos visitarão serão os turistas de amanhã que viajarão sozinhos ou em família e que divulgarão a sua experiência de Fátima. É fundamental que nos unamos no objectivo colectivo de bem receber todos estes jovens”, defendeu.
Purificação Reis referiu ainda, “como aspectos positivos e animadores”, o facto de o mercado corporativo já ter voltado “a agendar os seus eventos empresariais em Fátima e os turistas já voltaram a viajar em grupos, embora ainda timidamente”. “Já se vê um número significativo de autocarros em Fátima”, especificou, notando que “muitas das unidades hoteleiras vivem, sobretudo, da ‘tour’ operação”.
Questionada sobre se a inflação pode afastar turistas e peregrinos de Fátima, a presidente da ACISO reconheceu que “a subida generalizada dos preços leva à perda de poder de compra”, pelo que, “certamente, terá impacto na decisão de viajar podendo afastar alguns turistas”. “O maior ou menor impacto deste factor dependerá muito da evolução da conjuntura económica e social, sendo certo que durante a pandemia as pessoas fizeram poupanças e não viajaram, havendo agora uma motivação acrescida para viajarem, o que poderá minimizar esse impacto”, acrescentou.