Economia | 16-05-2023 21:00

Feira Anual de Samora Correia é montra para artesãos e produtores locais

Feira Anual de Samora Correia é montra para artesãos e produtores locais
Marta Meirinho produz sozinha cosméticos naturais e criou o seu pequeno negócio

A Feira Anual de Samora Correia foi montra para os artesãos e produtores locais darem a conhecer pequenos negócios. O MIRANTE falou com o casal Fábio Alves e Vânia Rego, e com Marta Meirinho e Ana Gadenho que em comum têm projectos de sucesso.

Os artesãos e produtores locais aproveitaram a Feira Anual de Samora Correia para expor e vender os seus produtos. A feira decorreu de 4 a 8 de Maio junto ao centro cultural da cidade. Alguns negócios e ideias cresceram durante a pandemia e acabaram mesmo por se tornar no principal meio de subsistência. É o caso da Ideal Wood, empresa que personaliza artigos em madeira, um material sustentável. Começou por ser o passatempo de Fábio Alves, 32 anos, que criou o conceito em plena pandemia porque tinha pouco trabalho enquanto pintor de automóveis. Mas a aceitação dos produtos foi tão boa que deixou o emprego anterior.
A esposa, Vânia Rego, 32 anos, trabalha a tempo inteiro mas aos fins-de-semana, e enquanto a filha dorme, trata de desenvolver ideias e contactar clientes. O casal tem um ateliê na casa onde mora em Samora Correia. É lá que Fábio corta a madeira, faz as pinturas e passa várias horas até o produto estar acabado. Os artigos mais requisitados são as tábuas em pinho, nogueira ou oliveira e que servem para cortar carne e servir queijo. A maioria das encomendas é feita pelos restaurantes. Decoração de interiores, caixas de rolhas e brindes são outras das valências do negócio.

Do desemprego à produção de sabonetes
Desempregada, Marta Meirinho, 50 anos, criou a sua própria ideia de negócio. O Senhor Sabão, higiene e cosmética natural, surgiu por acaso quando viu nas redes sociais um sabonete com magnésio adicionado. Fez pesquisas e descobriu que o magnésio tem propriedades que fazem bem à pele e relaxam o corpo. Assistiu em Portugal a uma palestra com um médico especialista na matéria e meteu mãos à obra. Inicialmente começou por testar os sabões em si mesma. Fez formações e aprendeu a fazer cremes, produtos para o cabelo e esfoliantes. O seu laboratório é a cozinha onde pesa os ingredientes para a confecção dos produtos. Os sabonetes são como os queijos, precisam de cura e de um processo feito a frio. A maioria das vendas é feita através das redes sociais e participa pontualmente em feiras. O objectivo é crescer enquanto continua dedicada à produção dos produtos de cosmética natural.

Mirtilos são negócio em Foros da Charneca
Desde 2017 que Ana Gadenho, 32 anos, se dedica à produção de mirtilos na quinta onde vive com os pais em Foros da Charneca, Benavente. Um projecto familiar que concebeu de raiz porque não se via a trabalhar para outras pessoas. Global Sweet é o nome da empresa que também se dedica à confecção de geleias com aproveitamento da fruta que não é comercializada. Os mirtilos são apanhados no dia em que o cliente faz a encomenda e não passam pela conservação a frio.
Ana Gadenho faz questão de trabalhar da planta para o consumidor e recusa-se a apostar na exportação. “Decidi que não ia fazer exportação porque só encontrava mirtilos com origem noutros países. Trabalho com cadeias curtas como restaurantes, mercearias e consumidor final”, explica, contando com os pais neste negócio, que tem vindo a crescer pelo passa palavra, que considera ser a melhor publicidade.

Ana Gadenho produz mirtilos em Foros da Charneca desde 2017
Fábio Alves deixou de pintar automóveis e concebeu a Ideal Wood que trabalha com madeira

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