Centro de Bem Estar Social de Vale Figueira celebra 26 anos ao serviço da população
Direcção considera que os protocolos com a Segurança Social são insuficientes para cobrir as despesas.
Fundado a 26 de Maio de 1997, o Centro de Bem Estar Social de Vale Figueira é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) sem fins lucrativos, que dá apoio às famílias e à comunidade em geral e que promove a luta contra a pobreza e exclusão social, em especial dos idosos e carenciados.
Para além de capacidade residencial para 46 camas, tem centro de dia, apoio domiciliário e apoia cerca 13 famílias através da cantina social. Os protocolos que mantém com a Segurança Social e que respeita, garantem apoio a pessoas necessitadas, porém as verbas pagas nem sempre cobrem as despesas de cada uma delas, segundo a Direcção.
“Os acordos com a Segurança Social dão prejuízo, a nós e a todas as outras instituições. Os apoios que as IPSS recebem não cobrem os custos por cada utente”, refere o presidente da direcção, Gonçalo Fabião Semedo.
Os outros elementos da direcção são: o vice-presidente José Gaspar, o vogal Miguel Martinho, o secretário, Gonçalo Cordeiro e o tesoureiro Luís Josué Duarte. O presidente da Assembleia Geral é José Carlos Rodrigues, o primeiro Secretário Carlos Duarte e a segunda Secretária Alexandra Silva. Já Emílio Baldeante, Nuno Silva e Sofia Gomes integram o Conselho Fiscal.
O projecto definido para o actual mandato a nível de remodelação das instalações passa por ampliar a sala de convívio, criando recantos diferenciados como, por exemplo, o recanto da leitura; criar um pátio exterior pegado com a sala comum, para que os utentes possam estar vigiados mas ao ar livre e fazer um jardim/horta perto da sala de convívio, com uma rampa de acesso, para que os mais autónomos possam desenvolver as suas actividades e os menos autónomos possam contemplar essas actividades.
A actual direcção deseja ainda criar, a médio prazo, uma espécie de condomínio fechado para residentes, perto da aldeia mas fora da instituição, dotado com alojamentos de tipo T1 e T2.
“Os utentes pagariam apenas os serviços que desejassem, uma vez que nestes casos são pessoas totalmente autónomas e até podem trazer as próprias mobílias e receber a família durante a noite. Não é uma novidade, mas pretendemos aproveitar os fundos comunitários e conseguir disponibilizar este modelo a preços semelhantes aos que os utentes pagam actualmente na instituição. Neste espaço prevê-se a construção de espaços comuns que possam ser partilhados através de protocolos com as instituições locais como a igreja ou a junta de freguesia”, explica o presidente da direcção.
Levar alguma animação e pessoas à instituição são outros dos objectivos. “O grupo de escuteiros já realiza algumas das suas reuniões e desenvolve algumas das suas iniciativas. Pretende-se trazer gerações mais novas das escolas à instituição e criar uma creche dos 0 aos 3 anos”, explica. É um sonho que Gonçalo Semedo gostaria que tivesse exequibilidade na aldeia.