VFX quer afirmar-se no mundo vinícola com festival em Novembro
Objectivo do município de Vila Franca de Xira é compatibilizar um festival de vinhos - um deles já produzido na Quinta Municipal da Subserra - com a tradicional campanha de gastronomia de Novembro. Plano é ter um mínimo de 80 produtores nacionais.
No fim-de-semana de 17 a 19 de Novembro o pavilhão multiusos de Vila Franca de Xira, situado no Parque Urbano do Cevadeiro, vai ser palco para a primeira edição do “Xira Wine Fest”, um festival onde o município se pretende afirmar no mundo vinícola. Além de assinalar o Dia Mundial do Enoturismo, a câmara quer compatibilizar a promoção do seu vinho Encostas de Xira com a organização da tradicional campanha de gastronomia de Novembro.
“Temos tido uma boa experiência com a iniciativa “Vinhos à Praça” e contamos agora iniciar este novo evento em Vila Franca de Xira apenas dedicado à área do vinho”, explica Fernando Paulo Ferreira, presidente do município. A proposta de realização do festival foi aprovada por unanimidade em reunião de câmara e tem como objectivo principal a promoção e dinamização dos territórios vinhateiros, incluindo o de Vila Franca de Xira, onde o município é o único em Portugal a produzir vinho regional. “O enoturismo é da maior importância na dignificação da actividade vitivinícola e na valorização do nosso território devendo encarar-se o assinalar desta data como uma mais-valia na afirmação da identidade histórico-cultural, patrimonial, económica e social do concelho”, lê-se no documento.
O objectivo é captar a presença de mais de 80 produtores de vinho e de alimentos regionais, incluindo a presença de produtos ligados à viticultura, havendo a expectativa de serem criadas zonas para provas de vinhos e showcookings. Ana Afonso, vereadora da Coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), teme que os 20 mil euros alocados nesta fase pelo município para promover o evento sejam poucos e sugere a criação de mais actividades, incluindo showcookings para crianças e actividades em realidade virtual que levassem os visitantes à história vinícola do concelho. “Poderia ser uma experiência marcante”, afirmou.
O presidente do executivo, Fernando Paulo Ferreira, não se comprometeu com a inclusão da realidade virtual a tempo desta primeira edição, mas considerou ser boa ideia. “Ainda é cedo para termos uma perspectiva dos custos. No primeiro ano é particularmente interessante termos o maior número possível de produtores. Vamos ver como corre. Creio que se justifica tendo em conta o crescente nicho do enoturismo a nível nacional e na área de Lisboa”, defendeu.