Região do Tejo em nono lugar no valor das exportações de vinho
A região vinícola do Tejo exportou em 2022 um total de 12 milhões 423 mil euros em vinhos, seis vezes menos que o Alentejo e menos quase 48 milhões que a região de Lisboa. Abaixo do Tejo, que também foi a que menos cresceu em comparação com 2021, apenas se encontram três em 12 regiões.
A região vinícola do Tejo está nos últimos lugares da exportação de vinhos, segundo os dados disponíveis em relação ao ano passado. Em comparação com o ano anterior de 2021 teve um crescimento nas vendas para o estrangeiro, mas mesmo entre os que aumentaram as exportações foi a região que menos cresceu. O Tejo está em nono lugar a nível nacional em volume de exportações, em 12 regiões verificadas pela ViniPortugal, ficando apenas à frente da Bairrada, Beira Interior e Beiras.
Segundo as estatísticas da organização interprofissional, que tem por objectivo promover a imagem de Portugal enquanto produtor de vinhos, em 2022 a região do Tejo teve um volume de exportações de vinhos de 12 milhões 423 mil euros, que representa uma gota em comparação com o líder das exportações que é o Porto, com cerca de 318 milhões ou o segundo, a região do Vinho Verde, que teve um rendimento de quase 83 milhões de euros com as exportações.
Em comparação com a região vizinha do Alentejo, terceira maior exportadora, o volume de negócios da exportação da região do Tejo é seis vezes menor. A região Madeira/Moscatel, que surge antes do Tejo, em oitavo lugar, gerou quase 16 milhões de euros em exportações. Outra região vizinha, a de Lisboa, em quinto da lista, teve um volume de exportações de 60 milhões 284 mil euros. Em termos de variação entre 2021 e 2022, entre os que cresceram, a região Tejo teve um aumento de 0,87%, enquanto a Madeira/Moscatel cresceu 2,12%, o Alentejo aumentou o montante das exportações em 12,86% e Lisboa 6,73%. O maior crescimento foi do Dão com 21,03%.
A ViniPortugal destaca que 2022 atingiu um recorde de exportações de 939,6 milhões de euros tendo sido vendidos para o estrangeiro 326,6 milhões de litros a um preço médio de 2,88 euros por litro. O maior volume de exportações foi para fora da União Europeia. Refira-se que foram os Estados Unidos da América, Canadá, Angola e Bélgica os países que compraram mais vinho a Portugal do que em 2021.
Neste ano de 2023 prevê-se uma subida, atendendo ao que se tem verificado até à primeira metade do ano, em que as exportações totalizaram 447,6 milhões de euros, representando uma subida de 3,9% relativamente ao primeiro semestre de 2022, segundo dados da ViniPortugal. Até agora o estrangeiro comprou 158,3 milhões de litros, mais 3,4 milhões que no período homólogo, a um preço médio de 2,83 euros por litro.
Destaca-se um crescimento das exportações para o Reino Unido no valor de 13,3 milhões de euros. Destaca-se também o Brasil, com 6,1 milhões de euros (+22,52%), e Angola, com quatro milhões de euros (+22,24%).
Portugal ocupava o 9º lugar na lista do comércio internacional de vinho em 2022, ano em que foram produzidos 6,8 milhões de hectolitros. A área do território ocupada com vinha é de 191.170 hectares, representando 2,7% da área de vinha mundial. Em termos de castas, o top é liderado, nas tintas, pela Aragonez, seguindo-se Touriga Franca, Touriga Nacional, Castelão e Trincadeira. Nas brancas, a casta Fernão Pires é a que lidera, seguindo-se Loureiro, Arinto, Síria e Alvarinho.