AgroGlobal com menos 10% de expositores resistentes à mudança
Feira mudou este ano para o Cnema em Santarém e a organização admite que alguns expositores não marcaram presença por aversão à mudança de local, mas considera a aposta ganha porque as condições são melhores, com mais espaço e arrendou-se um terreno para se fazerem as demonstrações de culturas e maquinarias.
A AgroGlobal registou este ano uma diminuição de cerca de 10% no número de expositores e a razão tem a ver com a mudança para o Centro Nacional de Exposições (CNEMA) em Santarém. “Não podemos deixar de dizer que houve alguma aversão à mudança”, reconhece Paulo Fardilha, director-geral da Agroglobal. Este é o primeiro ano no parque de exposições, onde, diz o responsável da feira, há potencial para crescer, o que já não era possível no campo onde se realizava em Valada do Ribatejo, concelho do Cartaxo.
Paulo Fardilha, que com Pedro Torres já vinha da organização anterior, considera que esta é uma aposta ganha e que foi possível criar as condições para fazer uma feira profissional com demonstrações ao vivo de culturas e maquinaria. A organização arrendou um terreno perto do CNEMA, na zona da Quinta do Boial, para as acções com as culturas como tomate, milho e arroz e onde se fez as demonstrações de máquinas maiores. Os agricultores foram transportados pela organização para o local tendo sido disponibilizados 10 autocarros sendo que algumas marcas também tinham transportes para os convidados.
No espaço do CNEMA, refere Paulo Fardilha, conseguiu-se criar condições para exposição e demonstração de alguns equipamentos sendo que o espaço de exposição revelou ter melhores condições. A começar pelos maus acessos ao campo de Valada onde antes se fazia a feira e que representavam as principais queixas dos expositores e visitantes. A organização decidiu manter as duas tendas de auditório aumentando assim a capacidade para a realização de seminários com o auditório do CNEMA.
Paulo Fardilha diz que em Valada era necessário montar todos os anos as infraestruturas para a AgroGlobal, o que já se revelava complicado com a dimensão que a feira tinha atingido. Outra das razões para a mudança, realça, foi o facto de o local onde se fazia a feira ser uma propriedade arrendada ao Estado e não era possível fazer investimentos a longo prazo que pudessem criar mais condições para a realização da feira.