Economia | 15-09-2023 15:00

São cada vez menos os professores capazes de incentivar jovens a ler livros

Este ano vai ser farto em reformas de professores e, pelo que vou lendo, a maioria das pessoas deve achar que, se forem substituídos, não vem daí mal ao mundo.

Este ano vai ser farto em reformas de professores e, pelo que vou lendo, a maioria das pessoas deve achar que, se forem substituídos, não vem daí mal ao mundo. Não penso assim. Receio que, com a saída de professores que ainda foram formados quando os livros eram importantes para a aprendizagem, o país fique a perder, e muito.
As políticas de educação que, nos últimos anos, têm vindo a tirar os livros da escola e a promover os computadores e telemóveis, estão dar cabo da escola e do ensino e, não por acaso, já há países que estão a recuar em matéria de introdução de novas tecnologias no ensino.
“Oscilamos entre o deslumbramento tecnológico considerando que saber usar 10% das funções de um telemóvel é o equivalente a saber alguma coisa de História ou Matemática e o medo de que as máquinas façam melhor o que nós todos os dias fazemos pior, que está presente na discussão sobre a inteligência artificial”, escreveu, há dias, Pacheco Pereira, no Público.
E acrescenta que esse deslumbramento é hoje mais grave quando, para além de se retirarem os livros, se permitem telemóveis nas salas de aula, onde é muito difícil perceber a sua utilidade a não ser como distracção, e se está a reduzir o vocabulário circulante a cada vez menos palavras. Concordo e espero que professores e pais interessados estejam atentos e reflictam sobre o que está a acontecer.
Alice Pereira de Sousa

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