Como não pertencer à escola onde aprendemos, onde crescemos, onde vivemos?
O 1º lugar distrital no ranking dos exames em 2017 e em 2023 e o 1º lugar nacional em 2020 no ensino profissional, não vêm do nada.
Há muito tempo que o dia da inauguração da escola secundária não vinha. Dia 12 de setembro foi o dia. Dia de mãos, de lábios, e de olhos. De nos encontrarmos em memórias de nós mesmos. São os braços que se abrem e os corações que se aconchegam.
Não nos faltou estrada para chegarmos aqui. Olhávamos para o hoje esperando o amanhã chegar.
A dinâmica deste ano letivo que terminou foi desenhada a pensar nestas mesmas obras. A autarquia, nas pessoas da vereadora Fátima Vinagre e coordenadora Carla Neves, em conjunto com o agrupamento, procederam a ajustes nos espaços educativos existentes para que pudessem acolher turmas da escola secundária.
A EBMM aumentou a sua capacidade. A escola da avenida acolheu cursos PIEF, CEF e Cursos Profissionais bem como a EBJT que também acolheu Cursos Profissionais.
Os espaços de refeição também foram intervencionados. Foram necessárias obras de requalificação na EBJT em colaboração com a União de Freguesias de Cartaxo e Vale da Pinta. Nunca nos afastámos dos nossos sonhos para que continuassem a existir.
A requalificação da Escola Secundária é um projeto que o presidente João Heitor soube agarrar, melhorar, enriquecer e dar-lhe a luz do dia. O restante executivo camarário entendeu que a força da vontade, ressuscita.
Deixo anónimas muitas pessoas que aqui trabalharam. Não posso olvidar quem foi determinante no seu percurso diário.
As unidades funcionais da câmara municipal coordenadas pela Dra. Carla Neves, pela Dra. Mariana e pelo Eng. Guilherme; Eng. Pedro, responsável da empresa pelo acompanhamento da obra; adjunto João Mota, pela logística em curso; coordenadora Ana Barroso no acompanhamento diário e os 71 assistentes operacionais coordenados pelo João Paulo Vila que desde agosto do pretérito ano não regatearam esforços no arrumar, limpar, pintar.
Foi um ano em que já não podíamos viver sem a escola secundária. Estamos com a alegria ingénua de cada recomeço.
A escola secundária pertence-nos. Como não pertencer à escola onde aprendemos, onde crescemos, onde vivemos? Nas palavras de Mia Couto, “O importante não é a casa onde moramos. Mas onde, em nós, a casa mora”.
Somos uma escola que sonha ser escola. Somos uma escola que sonha ser mundo. A escola é um porto de abrigo. Dignidade e oportunidade para todos. Entender a multiculturalidade como uma riqueza humana e cultural. O património humano tem de ser a nossa maior riqueza.
O 1º lugar distrital no ranking dos exames em 2017 e em 2023 e o 1º lugar nacional em 2020 no ensino profissional, não vêm do nada. Vêm do tudo. E o tudo são as salas de aula onde todos somos professores, onde todos somos alunos, nas palavras de Joaquim Pessoa.
A escola secundária brilha por si mesma. O futuro é um fruto maduro. Não importa o tempo. Importa o lugar em nós.
Viva a Escola Secundária do Cartaxo. Viva!.