Debate sobre novo aeroporto na Ordem dos Engenheiros não trouxe nada de novo
O debate sobre os três projectos não duais para o futuro aeroporto de Lisboa na Ordem dos Engenheiros só teve meia centena de participantes e quem esteve presente confirma que a iniciativa foi fraquinha e não trouxe nada de novo ao debate.
A Ordem dos Engenheiros organizou uma apresentação em Lisboa das três soluções não duais para o futuro aeroporto internacional de Lisboa. A iniciativa, que se realizou a 10 de Outubro, na sede nacional da Ordem dos Engenheiros, teve a presença de Carlos Brazão, do Magellan 500 Portugal para Santarém, de António Lemonde de Macedo pela defesa do projecto para o Campo de Tiro de Alcochete, e de Valentim Salgado Cunha, vice-presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, que defendeu o projecto para o território de Vendas Novas/Pegões.
A sessão foi moderada por António Carias de Sousa, presidente do Conselho Directivo da Região Sul da Ordem dos Engenheiros, que, segundo fonte que a assistiu ao debate, teve pouca intervenção na sessão e passou a mensagem de que a Ordem dos Engenheiros não é vista nem achada no processo de decisão da localização do futuro aeroporto. Na plateia estavam elementos da ANA e políticos ligados ao actual Governo. A sessão teve apenas a participação de cerca de meia centena de associados, um número muito reduzido para o que era esperado inicialmente pela organização. Tal como O MIRANTE já avançou noutras notícias sobre a iniciativa, a sessão esteve barrada ao público e à comunicação social, o que demonstra o posicionamento estranho e questionável da direcção da Ordem dos Engenheiros, num tema que tem aquecido o debate político a nível nacional e que já gerou discussões públicas, o que não era o caso, já que apenas foi anunciada a apresentação dos projectos.
Valentim Salgado Cunha, vice-presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, fez uma apresentação do seu projecto sem muita informação e “um pouco caricata e embaraçosa”, segundo a nossa fonte, uma vez que demonstrou estar longe de dominar os assuntos que têm marcado a escolha do território para o novo aeroporto. António Lemonde de Macedo, especialista em Transportes e Vias de Comunicação, gastou o seu tempo a apresentar a solução para Alcochete recorrendo à memória do que viveu quando da discussão do aeroporto para a OTA, em que esteve directamente envolvido.
Carlos Brazão limitou-se a apresentar o projecto para Santarém com os elementos que já tinha avançado nas comunicações anteriores. Recorde-se que, na Figueira da Foz, Carlos Brazão anunciou que com o passar do tempo ia começar a divulgar mais informações sobre o Magellan 500, mas ainda não foi desta que surpreendeu, embora a sua apresentação tenha deixado a milhas a dos outros dois parceiros de mesa.