Economia | 11-11-2023 07:00

Entidade de Turismo quer afirmar o Ribatejo como destino turístico para os portugueses

Entidade de Turismo quer afirmar o Ribatejo como destino turístico para os portugueses
O presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos (à direita) com o vice-presidente, Pedro Beato, e a proprietária da Quinta da Lapa, Sílvia Canas da Costa

A Lezíria do Tejo registou 232 mil dormidas em 2022, número que fica aquém do vizinho Alentejo. Faz falta atrair novos investidores, aumentar a oferta hoteleira e despertar interesse nos turistas portugueses. Foi para isso que nasceu a campanha “Agora é que vai ser um descanso”.

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR) lançou uma nova campanha que tem como objectivo cativar os turistas portugueses a visitar os 11 concelhos da Lezíria do Tejo durante a época baixa e descobrirem o que de melhor têm para oferecer, desde a gastronomia, às paisagens, cultura e tradições. “O Ribatejo necessita de um grande investimento em comunicação para se começar a posicionar no mindset dos turistas portugueses. Há uma dinâmica que conseguimos sentir na área da animação turística, há novos projectos de alojamento em avaliação, há boas iniciativas dos municípios. Demora tempo mas esta região tem, pelo seu património natural, cultural, identidade, pela sua autenticidade, claramente um caminho que podemos melhorar”, afirmou aos jornalistas o presidente da ERTAR, José Manuel Santos, durante a apresentação da nova campanha promocional intitulada de “Agora é que vai ser um descanso” que decorreu na Quinta da Lapa, em Manique do Intendente, concelho de Azambuja.
Para já a campanha vai focar-se no digital- nas redes sociais e páginas da Internet - e em outdoors - e vai estar muito focada, nesta fase inicial, em Lisboa, nomeadamente em exibição em ecrãs gigantes na fachada do centro comercial El Corte Inglés, na Gare do Oriente e nas Amoreiras. Mas a intenção, explicou, é que em próximas campanhas consigam chegar de forma “mais robusta” a outras zonas do país, entre outras, à Área Metropolitana do Porto.
Defendendo que é preciso criar “uma nova dinâmica turística no Ribatejo para atrair novos investidores”, José Manuel Santos salientou que devido ao “pouco espaço” que há para construir em zonas como o Douro, “os investidores estão cada vez a procurar mais o Alentejo mas também o Ribatejo” para investir. Exemplo disso, revelou, são os quatro projectos para novas unidades hoteleiras que estão “em análise” na Câmara de Santarém.
“Tenho expectativa que com os incentivos dos fundos europeus possamos cercear porque a oferta hoteleira da região ainda é muito reduzida. Se não tivermos uma oferta melhor não conseguimos crescer na procura”, disse, acrescentando que em 2022, nos 11 concelhos da Lezíria do Tejo se registaram 232 mil dormidas, número que fica muito aquém do registado no Alentejo.

Estreitar laços com os municípios é fundamental
Questionado por O MIRANTE sobre a dinâmica que querem estabelecer com os municípios ribatejanos o presidente da ERTAR garantiu que um dos objectivos desde que a direcção que lidera tomou posse, há cerca de 120 dias, é “criar uma relação de maior cumplicidade” e “perceber quais são as intenções de investimento que existem” da parte das câmaras municipais para que o Turismo do Ribatejo possa “dar um valor acrescentado”.
Para já, adiantou, foi criada uma ferramenta de consultoria especializada para melhorar a comunicação dos eventos das câmaras municipais que, por vezes, têm eventos com forte interesse turístico mas que não são bem comunicados. Em simultâneo estão a apoiar alguns eventos como foi o caso do Festival Nacional da Gastronomia, em Santarém. “Fazemos isto com as nossas receitas próprias, não há fundos europeus. É um esforço financeiro muito significativo que estamos a fazer”, vincou.
José Manuel Santos destacou ainda que a ERTAR continua a ajudar os municípios na valorização da sua identidade cultural que são interessantes do ponto de vista turístico como é disso exemplo a classificação do campino a património cultural (Benavente), a certificação do torricado (Azambuja) e do fandango a Património da Humanidade (Cartaxo).

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