Economia | 18-11-2023 10:00

Domingos Chambel saiu da direcção da Nersant mas é ele que mexe os cordelinhos

Domingos Chambel saiu da direcção da Nersant mas é ele que mexe os cordelinhos
António Pedroso Leal e Domingos Chambel: o primeiro ganhou as eleições mas Chambel, que se candidatou à assembleia-geral, continua a mexer os cordelinhos e a pagar ordenados por falta de dinheiro na tesouraria

Nersant Seguros vai acabar e direcção da associação vai dia 17 de Novembro a tribunal por causa de um pedido de indemnização na ordem dos 200 mil euros. Domingos Chambel, presidente da assembleia-geral, saiu da direcção executiva, mas foi ele o escolhido para representar a direcção na CIP e na AIP, onde era normal e natural que já estivesse o novo timoneiro da direcção.

A Nersant (Associação Empresarial da Região de Santarém) tem nova direcção desde 21 de Agosto, mas Domingos Chambel, que saiu da presidência, apareceu na lista como candidato a presidente da Assembleia Geral, o que acontece pela primeira vez na vida da associação. A má gestão dos seus três anos de mandato, que acabou com guerras internas, com uma paralisia da associação que se afundou na dependência financeira do próprio presidente, criou uma situação que obrigou Domingos Chambel a renunciar a uma candidatura a novo mandato.
António Pedroso Leal é o novo presidente da direcção, mas aparentemente manda pouco, segundo O MIRANTE tem vindo a ouvir de alguns associados que continuam preocupados com o futuro da Nersant. Domingos Chambel ficou a representar a associação na direcção da CIP e da AIP, onde se discutem os grandes problemas dos empresários, e recentemente voltou a pagar ordenados do seu bolso e, ao que tudo indica, é ele que com a colaboração do actual presidente da direcção mexe os cordelinhos da política associativa da Nersant, uma situação completamente anormal numa entidade associativa.
O MIRANTE soube esta semana que a Nersant Seguros vai ser extinta, que no dia 17 de Novembro se realiza a primeira audiência do julgamento relacionado com o despedimento por justa causa do ex-presidente executivo, António Campos, e que a política de despedimentos que sobrou do mandato anterior está a condicionar o futuro da associação.
Recorde-se que o processo que opõe a direcção da Nersant e António Campos envolve um pedido de indemnização que ronda os 200 mil euros. Domingos Chambel demorou quase todo o seu mandato a desconsiderar o trabalho de António Campos, e disse publicamente, já quase perto da data das novas eleições, que o director executivo quis tirar-lhe o tapete, entre outros factos que O MIRANTE já noticiou e agora vão ser dirimidos em tribunal.
A Nersant Seguros chegou ao fim por má gestão da direcção de Domingos Chambel, que quis substituir António Campos pelo seu vice-presidente António Rodrigues, e ignorou que um dos membros da sua direcção, José Coimeiro, era um dos principais acionistas, tendo perdido o controle da empresa, já que António Coimeiro não gostou da desconsideração e retaliou chamando a si o lugar que era ocupado por António Campos.
Recorde-se ainda que a direcção de Domingos Chambel acabou quase toda de costas voltadas, e a solução dos dois vices-presidentes foi um fracasso, uma vez que Domingos Chambel nunca descentralizou o poder que lhe pertencia.

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