Lojistas do Vila Franca Centro voltam a reunir para discutir estudo
Proprietários vão analisar estudo encomendado pela Câmara de Vila Franca de Xira.
Até final de Novembro está agendada nova reunião entre os proprietários de fracções no devoluto Vila Franca Centro, localizado no centro da cidade de Vila Franca de Xira, e a câmara municipal, para discutir um estudo encomendado pelo município sobre as potencialidades e capacidades construtivas do edifício. Isto depois de se saber, numa avaliação oficial do imóvel solicitada pela câmara e apresentada aos proprietários em Fevereiro, que o edifício vale na totalidade pouco mais de um milhão de euros.
“Cumprimos com o que nos comprometemos, fazer um estudo, acompanhado por uma comissão criada na reunião de proprietários, das capacidades construtivas do edifício para agora, em reunião que acontecerá este mês, todos poderem perceber o caminho a seguir sobre esta matéria”, explica Fernando Paulo Ferreira, presidente do município. O anterior valor de um milhão de euros revelado pela avaliação, recorde-se, gerou indignação entre os cerca de trinta proprietários presentes na última reunião, em Fevereiro, incluindo alguns representantes dos fundos de investimento donos da maioria da permilagem do imóvel.
As reuniões têm decorrido à porta fechada. Na última praticamente nenhum lojista aceitou a avaliação - assente sobretudo no pressuposto de que o edifício volta a abrir exclusivamente como centro comercial e não sofrendo obras para o adaptar, por exemplo, a habitação de qualidade - e por isso quase nenhum está disponível para vender as lojas. Foi exigido um valor nunca inferior a três milhões de euros por todo o edifício, qualquer coisa como 100 a 120 euros o metro quadrado. Também foi questionado por que motivo foi retirado da avaliação o estacionamento existente.
Para que o edifício possa ser vendido é preciso que todos os proprietários aceitem vender as suas fracções, um consenso que até agora não foi alcançado. Se todos quiserem vender as lojas e acabar de vez com aquele imbróglio no centro da cidade a câmara já disse estar disponível para comprar exercendo o direito de preferência, invocando interesse público pelo facto do edifício estar inserido em Área de Regeneração Urbana.
A câmara já alertou, no entanto, que se o impasse se mantiver os proprietários serão obrigados a fazer obras de recuperação e conservação do edifício - que está devoluto - e deverão ver triplicado o valor que pagam de Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI), o que vai pesar ainda mais na carteira.