Economia | 07-01-2024 21:00

Quem trabalha no centro histórico de Santarém diz que é preciso mais dinâmica e segurança

Quem trabalha no centro histórico de Santarém diz que é preciso mais dinâmica e segurança
Susana Russo e Maria Hermínio. Flávia Silva e Renan Vasconcelos. Fernando Antunes. Inês Vinagre. Carla Martins

Na última semana do ano de 2023, O MIRANTE foi para a rua conversar com comerciantes do centro histórico de Santarém sobre os acontecimentos com maior destaque e as resoluções para o novo ano.

Susana Russo, 42 anos, é funcionária de uma loja situada na rua Serpa Pinto, no centro histórico de Santarém, e diz que a abertura da Casa do Benfica 2.0 e a iniciativa dos vouchers para compras em estabelecimentos locais durante a época natalícia trouxeram efeitos positivos. Pelo lado negativo, a lojista fala do sentimento de insegurança dos comerciantes, explicando que os assaltos e furtos ainda são frequentes no centro da cidade. “Esperamos que o sistema de videovigilância instalado na cidade possa atenuar alguns dos problemas relacionados com a segurança”, vinca. A colega Maria Hermínio, 46 anos, refere que o acontecimento do ano a nível nacional foi a demissão do primeiro-ministro António Costa. Para a comerciante, o município devia repensar sobre a falta de estacionamento que tem impacto no comércio da cidade.
Inês Vinagre, 27 anos, natural do Cartaxo, trabalha actualmente com a sua mãe também no centro histórico de Santarém. Destaca em 2023, como mais-valias para o comércio local, os eventos Festival de Estátuas Vivas, em Agosto, e o Reino de Natal de Santarém. A palavra “trabalho” é a escolhida pela maquilhadora profissional para caracterizar o seu ano.
Carla Martins, 51 anos, é proprietária de um café situado no Terreirinho das Flores, no centro histórico de Santarém. O decréscimo de clientela motivado pela perda de poder de compra é um dos aspectos negativos do ano de 2023, na sua opinião. Como aspectos positivos, a empresária, que abriu portas à sete anos, destaca as obras de requalificação da Praça Visconde Serra do Pilar e do Mercado Municipal de Santarém, que prometem mudar um pouco o paradigma da cidade.
Fernando Antunes, 71 anos, ex-contabilista e fiscal de impostos, natural de Angola, diz que a subida dos preços das habitações e das rendas e os problemas no Serviço Nacional de Saúde são os pontos mais negativos. O reformado considera que a cidade de Santarém tem um movimento aquém do seu potencial e sublinha que é necessário um maior dinamismo por parte dos dirigentes locais e uma maior captação de investimento para a cidade.
Renan Vasconcelos, 29 anos, tatuador profissional, trabalha no centro histórico de Santarém há quase um ano. Tem gostado da experiência, embora reconheça que é possível fazer mais pela revitalização do centro histórico. Renan Vasconcelos também fala do sentimento de insegurança que existe no centro histórico e na necessidade, quase obrigatória, de existir uma regulação dos preços de arrendamento e da compra de imóveis no centro histórico para que apareçam pessoas interessadas em investir naquela zona da cidade.

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