Economia | 18-01-2024 15:00

Ensaio positivo de produção de arroz com rega gota-a-gota

Ensaio positivo de produção de arroz com rega gota-a-gota
Ensaio mostrou bons resultados na substituição da técnica de alagamento por rega gota a gota. fotoDR

Produtividade idêntica à média nacional demonstrou que é possível produzir arroz com bons resultados em terrenos que nunca produziram arroz e que não são nivelados.

A Magos IS (Irrigation Systems) e os seus parceiros do consórcio do ensaio de produção de arroz com rega gota-a-gota, Rivulis, BASF, ADP Fertilizantes e TerraPro, apresentaram no dia 12 de Janeiro, em Salvaterra de Magos, os resultados obtidos no campo demonstrativo da Agroglobal.
A produtividade média da parcela de arroz, cultivado em terreno com pendente, não nivelado e sem canteiros, foi de 5.723,4 kg/hectare, idêntica à média nacional da cultura do arroz (5.707 kg/hectare, em 2022, segundo dados do INE). O arroz foi colhido com 18,1% de humidade e obteve 67% de rendimento industrial.
O consumo de água pela cultura foi de 9.409 m³/hectare, representando uma poupança de 6% a 37% face ao sistema de rega convencional por alagamento, cujo consumo oscila entre 10.000 m³/ha e 15.000 m³/ha. Concluiu-se também que a regulação térmica das plantas de arroz através da água é possível com a rega gota-a-gota, através de uma adequada gestão da dotação e duração das regas.
O consórcio do ensaio considera que as tecnologias testadas abrem a possibilidade de expandir a cultura do arroz a novas áreas de produção em Portugal, integrando o arroz numa rotação de culturas, aconselhável para o uso sustentável do solo. O ensaio demonstrou que é possível produzir arroz com boa produtividade em terrenos que nunca produziram arroz e que não são nivelados.
O ensaio de rega gota-a-gota na cultura do arroz vai prosseguir nos próximos anos nos campos demonstrativos da Agroglobal e será alargado a outras regiões produtoras de arroz, nomeadamente, às bacias do Sado e do Mondego, no intuito de continuar a testar a tecnologia e optimizar as suas variáveis para que a cultura do arroz seja viável em novas áreas agrícolas e nas actuais, num cenário futuro de maior escassez de água.

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