Economia | 15-02-2024 12:00

Uma manhã de passeio na Reserva Natural do Paúl do Boquilobo

Uma manhã de passeio na Reserva Natural do Paúl do Boquilobo
Cerca de 25 pessoas participaram no passeio interpretativo pela Reserva Natural do Boquilobo, no âmbito do Dia das Zonas Húmidas. Objectivo foi dar a conhecer a biodiversidade, fauna e flora da reserva

Associação “30 por uma linha” e município de Torres Novas promoveram uma caminhada na Reserva Natural do Boquilobo para alertar para a preservação do património no âmbito do Dia Mundial das Zonas Húmidas.

Levar a população a visitar e conhecer a Reserva Natural do Boquilobo tem sido uma das principais preocupações da associação “30 por uma linha”. Filipa Coelho e João Pires, da associação, não têm dúvidas de que só conhecendo a beleza da reserva se consegue ter sensibilidade para garantir a sua preservação e fazer com que os outros também o façam. “Só fazendo as pessoas conhecer, incentivar a visitar a reserva é que é possível fazer com que se preocupem e estejam alerta para a protecção de espaços como estes e que temos o privilégio de ter na nossa região”, afirma a O MIRANTE João Pires durante um passeio interpretativo pela reserva organizado em conjunto com o município de Torres Novas.
Cerca de 25 participantes chegaram antes das dez da manhã ao ponto de encontro. O entusiasmo inicial foi acompanhado da curiosidade e interesse em saber mais sobre uma reserva que tem características única no nosso país. A iniciativa decorreu no âmbito do Dia Mundial das Zonas Húmidas e pretendeu consciencializar a população para habitats e ecossistemas ameaçados ao nível da biodiversidade. O percurso decorreu no único trilho circulável da reserva num total de seis quilómetros. Com máquinas fotográficas ou binóculos cedidos pela associação os participantes puderam observar a biodiversidade existente na zona de charco ao longo de todo o percurso, nomeadamente os louva-deus, gansos, e outras aves. O trilho contou com duas paragens em observatórios para poder observar as espécies mais distantes, como foi o caso das garças. Junto à zona de charco foi possível observar as espécies aquáticas e a fauna e flora existentes no local.
João Pires e Filipa Coelho, membros da associação “30 por uma linha”, acreditam que o que tornou a reserva uma zona húmida ameaçada foi o excesso de drenagem de águas para agricultura, o uso exagerado de pesticidas e a existência de espécies invasoras na vegetação e na fauna, como o Ganso do Egipto e os lagostins.
João Lopes, técnico de Turismo do município de Torres Novas, acredita que ter na região uma reserva natural como a do Boquilobo é muito enriquecedor para o turismo e que promove o contacto com a natureza e com o património local. Filipa Coelho defende ser essencial para a região do Médio Tejo ter a reserva bem preservada e que deve ser usada de forma consciente para fins turísticos uma vez que a sobrecarga humana pode prejudicar as espécies.

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