Economia | 22-03-2024 15:00

GEOTA é candidato a prémio internacional com projecto de intervenção no Alviela

GEOTA é candidato a prémio internacional com projecto de intervenção no Alviela
GEOTA é candidato ao prémio com o projecto de reabilit

Entre as inúmeras candidaturas internacionais, o projecto do Grupo de Estudos e Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) de reabilitação fluvial com remoção da barreira obsoleta no Alviela está integrado entre os três melhores a nível europeu.

O Grupo de Estudos e Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) é candidato finalista ao prémio Internacional “Dam Removal 2023”, promovido pela Dam Removal Europe e a World Fish Migration Foundation, com o projecto de reabilitação fluvial com remoção da barreira obsoleta no rio Alviela. A coordenadora do Programa Rios Livres GEOTA, Ana Catarina Miranda, sublinhou que “o sucesso desta intervenção no rio Alviela é fruto das parcerias envolvidas, nomeadamente com os municípios de Santarém e Alcanena, e que num curto horizonte temporal vê com boas expectativas a implementação de um Programa Nacional de Restauro”.
Ana Catarina Miranda mencionou ainda que “a possibilidade de vencermos este prémio é inspiradora para as comunidades do Alviela, para Portugal e para a conectividade dos nossos rios”, mas chama a atenção para o facto de “estarmos a competir com dois outros projectos incríveis, realizados em França e na Escócia, e o nosso sucesso depende grandemente da votação do público”.
O projecto mais inspirador e mais votado pelo público receberá um troféu especial e 15 mil euros para o próximo projecto de remoção. O vencedor será anunciado durante a próxima Conferência Free Flow em Groningen, Holanda, a 16 de Abril. A eleição do projecto vencedor decorre de 13 a 22 de Março e o processo de submissão de voto, bem como as apresentações dos projectos finalistas, encontra-se online no website da Dam Removal Europe.
O MIRANTE esteve presente numa apresentação do projecto, em Dezembro de 2023, onde debateram sobre como tornar o rio e os desafios à sua conservação e reabilitação um tema interessante e motivador. Ana Catarina Miranda apresentou o programa começando por afirmar que os ecossistemas ribeirinhos são dos mais biodiversos e os mais intensamente afectados pela actividade humana. A bióloga, que faz parte de uma equipa composta também por Regina Falcão e Lígia Vaz Figueiredo, referiu que em Portugal existem cerca de 13 mil barreiras que alteram o fluxo natural dos rios e impedem, entre outras coisas, a migração das espécies, o transporte de sedimentos e a conectividade entre habitats.

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