Economia | 13-04-2024 10:00

Alpiarça avança com projecto-piloto de comunidade de energia renovável

A instalação de painéis solares nas coberturas dos edifícios públicos do concelho de Alpiarça vai permitir o abastecimento desses imóveis e, posteriormente, vai ser partilhada pela comunidade. A energia produzida deverá ser mais barata.

O município de Alpiarça vai avançar com um projecto-piloto, o primeiro projecto de comunidade de energia renovável no país. A presidente da Câmara de Alpiarça, a socialista Sónia Sanfona, esclarece que o projecto está dependente das autorizações da Direção-Geral de Energia e Geologia e neste momento a empresa já está a fazer o levantamento das coberturas. A autarca garante que o projecto vai estar em funcionamento este ano.
“A empresa que ganhou o concurso deste projecto já está no terreno a fazer o levantamento necessário para iniciar a colocação de painéis fotovoltaicos para constituirmos uma comunidade energética. Trata-se de uma comunidade de energia renovável que permite garantir a sustentabilidade do ponto de vista ambiental. Permite-nos aproveitar as coberturas dos edifícios públicos onde serão colocados os painéis solares”, explicou a autarca.
Numa primeira fase será produzida energia para auto-consumo dos edifícios. Sónia Sanfona deu o exemplo das piscinas municipais onde o consumo é muito elevado por causa do aquecimento da água. “Vamos conseguir fazer o consumo durante o dia praticamente todo com os painéis. Numa segunda fase estas fontes de energia renovável vão poder ser partilhadas pela comunidade. Ou seja, os munícipes podem aderir a esta comunidade para consumir energia durante o dia e como esta energia está na natureza a factura é substancialmente reduzida uma vez que os preços a pagar são diferentes dos operadores tradicionais de energia eléctrica”, acrescentou.
Vão ser colocados 3,235 painéis fotovoltaicos e uma potência total de 1649.8kw, sem custos para o cliente e a câmara não tem qualquer custo com a instalação de painéis. Sónia Sanfona explicou que é uma fonte de energia com um alcance de cerca de quatro quilómetros, onde vão conseguir gerar mais de 366% de energia verde do que a totalidade do consumo. Tudo isto, sublinha, vai permitir a entrada do município no futuro no mercado de carbono gerando mais receitas para o município, com independência energética. 48% da energia consumida dos edifícios de toda a comunidade passa a ser proveniente da central solar de auto-consumo evitando problemas que acontecem na rede pública. Além disso, haverá um apoio social a cerca de um milhar de famílias que vão beneficiar da tarifa social comunitária, que é cerca de 30% inferior às actuais tarifas do mercado.
Os painéis solares vão ser instalados na biblioteca municipal, nave desportiva, piscinas municipais, estaleiro municipal, edifício dos paços do concelho - que numa segunda fase vai ter uma cobertura do estacionamento toda feita de painéis -, no quartel dos bombeiros municipais, Agrupamento de Escolas José Relvas, Escola Básica do Casalinho, complexo desportivo, estádio municipal, mercado municipal, antigo edifício das águas, antiga escola das faias, gabinete de apoio ao município no Frade de Baixo, Escola EB1 de Alpiarça e Associação Cultural e Recreativa do Frade de Cima.

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