Economia | 06-05-2024 21:00

Empresas de Santarém apresentam alimentação inovadora para peixes à base de insectos

Empresas de Santarém apresentam alimentação inovadora para peixes à base de insectos
liderado pela Thunder Foods envolveu três centros de investigação e a participação da empresa escalabitana, EntoGreen. fotoDR

Uma fórmula inovadora para a alimentação do salmão e do robalo em aquacultura foi produzida em Santarém, por duas empresas dedicadas à produção de derivados de insectos, num projecto que envolveu organismos nacionais e um norueguês.

O Oceanário de Lisboa abriu portas ao sector português da aquacultura e apresentou uma inovadora fórmula composta por um novo ingrediente com duas espécies de insectos (Hermetia illucens e Tenebrio molitor), produzidas por duas empresas de Santarém. O projecto InFishMix, financiado pelos EEA Grants, liderado pela Thunder Foods com a participação da outra empresa escalabitana EntoGreen, envolveu três centros de investigação, dois portugueses, a Egas Moniz School of Health and Science e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, e um Norueguês, a Norce, para demonstrar as vantagens de utilização de produtos derivados de insectos na produção de peixes em aquacultura.
As empresas de Santarém dedicadas à produção de produtos derivados de insectos, a EntoGreen e a Thunder Foods, aplicaram as suas capacidades biotecnológicas no desenvolvimento de uma fórmula com farinha de mosca soldado negro (Hermetia illucens) e de tenebrio molitor para compor um novo ingrediente adaptado às necessidades nutricionais do salmão e do robalo em aquacultura.
Os resultados deste projecto contribuirão para a sustentabilidade do sector da aquacultura, tornando-o menos dependente de ingredientes tradicionais e aplicando ingredientes de origem inovadora e circular, que além de contribuírem para a robustez do pescado estão associadas a menor impacto ambiental pela reduzida utilização de recursos naturais. Esta é a primeira vez que se utiliza esta mistura em ensaios de alimentação animal, referem as empresas.
Este projecto foi financiado no âmbito do Programa Crescimento Azul dos EEA Grants, mecanismo financeiro criado pela Islândia, o Liechtenstein e a Noruega que visa reforçar as relações bilaterais entre estes três países e outros países europeus, como Portugal, favorecendo sinergias e reduzindo diferenças de desenvolvimento.

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