Ausência de autarcas criticada em conferência da SEDES em Santarém
A SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social organizou uma conferência em Santarém com o tema “Que Centralidade para o Ribatejo?”. Os autarcas presentes contaram-se pelos dedos de uma mão e isso não passou despercebido à organização e aos oradores.
A SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social organizou uma sessão na tarde de quinta-feira, 20 de Junho, na Casa do Campino em Santarém, sob o mote “Que Centralidade para o Ribatejo? Principais vetores de desenvolvimento”, em que o número de autarcas se contou pelos dedos de uma mão. A ausência de autarcas, mas também de responsáveis das instituições de ensino superior que operam no distrito de Santarém, foi primeiro comentada pela presidente do Conselho Coordenador da SEDES/Santarém, Salomé Rafael. “Não temos aqui um único autarca, nós sabemos tudo…. Não temos aqui uma escola superior e temos dois politécnicos no distrito… E relativamente ao turismo a mesma coisa. Somos um distrito em declínio mas parece que já sabemos tudo”, disse a empresária com ironia.
As excepções foram as presenças do presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), que abriu a sessão, e do vereador da Câmara de Santarém Nuno Domingos (PS), que saíram durante a sessão, e do presidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém, Diamantino Duarte (PS), que esteve até final e ouviu todos os oradores.
As intervenções estiveram a cargo de José Eduardo Carvalho, presidente da AIP-CCI e ex-presidnte da Nersant, e de Paulo Madruga, da Ernst and Young Portugal. José Eduardo Carvalho apontou a falta de mobilização de compreensão para a situação que se está a viver na região, com estagnação económica e perda de população,referindo que a estagnação de uma região não é irreversível mas para a combater é necessário instilar muita confiança e muita mobilização.
O presidente do Conselho Coordenador da SEDES, Álkvaro Beleza, também notou a ausência de autarcas e outros decisores, considerando que “também deviam ter ouvido o que a gente ouviu”, salientando a qualidade das intervenções.
Durante a sessão foram deixadas algumas ideias e frases fortes de que o MIRANTE dará conta em próximas publicações online e na edição em papel.