Extensão da linha violeta do Metro até Vialonga continua na agenda em VFX
Câmara de Vila Franca de Xira aprovou a realização de um estudo que lance alguma luz sobre as vantagens e desvantagens da chegada do Metro de Lisboa a Vialonga.
Perceber os eventuais impactos demográficos, positivos e negativos, que o alargamento da linha violeta do Metro de Lisboa a Vialonga, no concelho de Vila Franca de Xira, poderia trazer à comunidade é o principal objectivo de um estudo que o executivo camarário quer contratar. A proposta de elaboração de um estudo de impacto, apresentada pela Coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), foi aprovada por unanimidade e não deverá custar mais do que cem mil euros aos cofres municipais. O objectivo, explica David Pato Ferreira, vereador daquela força política, é dar força à convicção de que o concelho de VFX só teria a ganhar com a chegada do Metro ao seu território. O que, já se sabe, não vai acontecer por enquanto.
“Mais uma vez o concelho de VFX ficou de fora deste e de outros projectos de mobilidade relevantes, perpetuando o atraso do nosso concelho face aos demais. Vemos que a estação terminal desta nova linha violeta dista 6 km do Quintanilho em Vialonga, ao pé do MARL. Vialonga continua a ser a única freguesia do nosso concelho que não tem acesso a transporte ferroviário”, criticou David Pato Ferreira.
O vereador social-democrata defende que a Câmara de Vila Franca de Xira deve estar munida “de ferramentas para validar e robustecer” a sua exigência junto do Governo para que a linha violeta seja alargada ao concelho ribatejano e é aí que o estudo de impacto poderá ter vantagens. “Que nesse estudo sejam reflectidos os impactos demográficos expectáveis na sua implantação, positivos e negativos, e que, após a conclusão do estudo, ele possa ser enviado ao Ministério das Infraestruturas e Habitação para que possa servir como baluarte da nossa discussão e que, de uma vez por todas, VFX seja incluída no metro de Lisboa”, defendeu.
Na reacção, o presidente do município, Fernando Paulo Ferreira (PS), diz que a perspectiva é que no futuro a linha violeta possa mesmo chegar ao concelho. “A Área Metropolitana de Lisboa encontra-se a desenvolver um estudo de mobilidade metropolitana, que é o que faz sentido”, disse o autarca socialista, defendendo que o estudo pedido por David Pato Ferreira fará mais sentido ser contratado quando se souberem as conclusões do estudo da AML. “Acho a continuidade da linha absolutamente importante para a comunidade. Mas a continuação da linha violeta não é só importante para as pessoas de Vialonga, é também para as pessoas de Lisboa. E esse é que deve ser o pensamento”, defende.
Já a CDU, pela voz da vereadora Anabela Barata Gomes, disse apoiar a proposta. “Não estamos no entanto totalmente convencidos que este seja um verdadeiro trunfo que possamos usar tendo em conta os outros estudos mais alargados que merecem a nossa reflexão”, considerou.