Turismo Centro de Portugal destaca crescimento turístico da região
Sector da hotelaria e restauração reuniu-se em Aveiro para discutir os desafios e o futuro do turismo.
Raul Almeida, presidente da Turismo Centro de Portugal, destacou na sessão de abertura do Congresso Nacional da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, que o turismo na região está a ultrapassar os números históricos de 2023. “Se 2023 foi um ano de recordes, com quase oito milhões de dormidas na região, este ano registamos uma subida de 5,5% até Agosto. O aumento das receitas é ainda mais expressivo, na ordem dos 9,6 por cento”, sublinhou Raul Almeida. Ainda assim, ao contrário de outras, a região está pronta para receber mais visitantes, considerou: “no Centro de Portugal estamos preparados e queremos receber mais turistas. A nossa região dispõe de uma oferta mais do que suficiente em termos de alojamento e restauração, que lhe permite fazer face ao aumento da procura que se tem verificado”, disse, acrescentando que “a diversidade da nossa região é um trunfo, que nos permite oferecer propostas diferentes para todos os visitantes, ao contrário de outros destinos, que estão alicerçados num leque mais restrito de produtos turísticos”.
O Congresso Nacional da AHRESP decorreu durante dois dias no Parque de Exposições de Aveiro e teve como tema “Gestão é ter o coração do lado certo”. Mais de mil empresários, especialistas e decisores participaram em sessões temáticas, workshops e apresentações de casos de sucesso.
Na abertura do congresso, o presidente da AHRESP, Carlos Moura, desafiou o Governo a repor o IVA na taxa intermédia (13%) em toda a fileira da alimentação e bebidas, lembrando que as bebidas açucaradas e as bebidas alcoólicas vendidas nas refeições são tributadas com uma taxa de IVA de 23%, quando o retalho aplica 13%. Carlos Moura defendeu ainda a criação de uma alta escola de gastronomia no país e a regulação das taxas turísticas, entre outras medidas.
Na sua intervenção, Pedro Reis, ministro da Economia, elogiou o sector turístico como “uma das colunas vertebrais da economia” e elencou quatro áreas essenciais para o crescimento do país: fiscalidade competitiva, licenciamento ágil, abastecimento energético e captação de talento.