Rogério Rosário é um peixeiro ambulante que trabalha em Azambuja e Alenquer

Rogério Rosário continua a percorrer as estradas para garantir que o melhor peixe chegue às mesas das freguesias que serve nos concelhos de Azambuja e Alenquer. Com clientes fiéis, recorda o início do ofício, há mais de quatro décadas.
Rogério Rosário é peixeiro ambulante e uma presença assídua em Casais das Boiças, Alcoentre e Maçussa, no concelho de Azambuja, e em Abrigada e Cabanas de Chão, no concelho de Alenquer. Apesar dos inúmeros supermercados que existem, mantém clientes desde há décadas e inclusive clientes que desde que o conheceram nunca mais compraram peixe noutro lado.
Era pedreiro mas em 1983 um amigo convenceu-o a vender peixe. Ao fim de quatro meses o amigo largou a venda de peixe e Rogério Rosário ficou com o negócio. Na altura vendia peixe na sua terra, Campelos, no concelho da Lourinhã. Mas como aos domingos tinha de acordar às 06h00 para ir vender para o mercado na Praça dos Campelos chateou-se e começou a vender peixe em Alenquer.
“Ainda hoje há quem pense que sou da freguesia de Abrigada, porque vendo lá muito peixe. Na Lourinhã só vendo ao domingo e a clientes que vão ter a minha casa. Fazem-me muitas encomendas, a seguir vou levar um pargo de 40 quilos a uma cliente”, relata.
Aos 62 anos continua a gostar de ser peixeiro e não pensa na reforma. O peixe que vende é de Peniche e quando vai ao Mercado Abastecedor da Região de Lisboa compra peixe de Marrocos e da Mauritânia, por exemplo, para depois colocar na carrinha frigorífica e percorrer as freguesias mais distantes das sedes de concelho. O segredo é, além de ter bom peixe, fazer um bom corte.