Congresso Nacional de Rega Magos defende regadio como prioridade estratégica
Maiores fabricantes apostam em equipamentos mais eficientes no uso da água e mais sustentáveis no consumo de energia e na pegada ecológica.
Um conjunto de soluções apresentadas por Jorge Froes, engenheiro agrónomo e especialista em hidráulica, no 1º Congresso Nacional de Rega Magos, para a libertação dos recursos hídricos particulares, a nível da propriedade, foi um dos contributos para responder ao problema da gestão de água na agricultura.
Com a designação de “Super Simplex Hídrico” foi acolhido pelos participantes em geral, como o primeiro passo para a solução do problema de falta de água na agricultura nacional e contra as burocracias. “Cerca de 90% dos pedidos de licenciamento são chumbados ou demoram entre 5 a 6 anos para serem aprovados. É necessária uma simplificação drástica dos licenciamentos de infra-estruturas e captações privadas”, salientou o orador.
Ao longo do congresso, que decorreu dia 18 de Outubro, em Santarém, os agricultores foram alertando para o problema da burocracia que existe em Portugal dificultando investimentos em captações de água e na construção de pequenos reservatórios e charcas nas explorações.
O 1º Congresso Nacional de Rega Magos reuniu mais de 300 participantes e segundo João Dotti, CEO da Magos SA. “foi a oportunidade perfeita para aprender com a elite mundial da rega” porque, pela primeira vez, estiveram lado a lado em debate os maiores fabricantes mundiais de equipamentos de rega que apresentaram as mais recentes inovações tecnológicas em regadio.
As tendências actuais centram-se em equipamentos mais eficientes no uso da água, mais sustentáveis no consumo de energia e na pegada ecológica, e mais inteligentes pela sua conectividade.
Emissores de rega com mais de 50% de material reciclado ou que integram aditivos para impedir a intrusão pelas raízes das plantas ou repelir as picadas de insectos foram alguns dos exemplos apresentados no congresso.
As empresas fabricantes partilharam ainda que, face à crescente utilização de água proveniente de novas origens, como é o caso da água dessalinizada e reciclada, estão a adaptar os emissores de rega e os sistemas de filtragem e bombagem para trabalhar de forma eficaz com este tipo de águas.