Economia | 03-11-2024 07:00

Distrito de Santarém com aposta crescente nas culturas de frutos secos

Distrito de Santarém com aposta crescente nas culturas de frutos secos
Vereador Nuno Russo baseou-se em dados da Portugal Nuts para salientar a aposta crescente na cultura de frutos secos na região ribatejana

Segundo dados revelados no Balanço de Campanha de Frutos Secos, o distrito de Santarém foi o que mais cresceu no país em 2023 na área plantada de amendoal e em 2021/2022 em nogueiral, o que contribuiu para a duplicação do número de hectares de culturas de frutos secos na última década.

O distrito de Santarém foi o que mais cresceu, em área plantada, em 2023 em amêndoa, e em 2021/2022 em noz, tendo contribuído para a duplicação do número de hectares nos últimos 10 anos. A informação foi deixada pelo vereador da Câmara de Santarém com o pelouro do Agricultura e Florestas, Nuno Russo, durante apresentação do “III Balanço de Campanha de Frutos Secos”, organizado pela Portugal Nuts – Associação Promoção Frutos Secos, e coorganizado pelo Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos e Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional, que decorreu no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém.
Nuno Russo baseou-se em dados da Portugal Nuts para salientar a aposta crescente na cultura de frutos secos na região ribatejana e deu o exemplo do recente investimento da Sociedade Agrícola Trilho Saloio, localizada na freguesia de Alcanhões, no concelho de Santarém. Entre 2017 e 2022 a sociedade plantou 300 hectares de nogueiras e continua a apostar no Ribatejo enquanto local ideal para a produção, quer pelas condições climatéricas, como pela disponibilidade de água e experiência em culturas irrigadas, e ainda a disponibilidade de subcontratados de alta qualidade.
A empresa de Alcanhões investiu numa unidade industrial de frutos secos, integrando e valorizando a fileira das nozes, através da construção de uma unidade de lavagem, descasque, secagem, calibragem, embalamento, naquela que é uma das maiores unidades de processamento de nozes do País, num investimento global de 12 milhões de euros. “E existe ainda a pretensão, e a ambição, para aumentar a plantação de nogueiras para 1.700 hectares, até 2030, sendo que a produção e embalamento de nozes, já está a permitir a comercialização de nozes com casca, miolo inteiro e metades, com a marca nozes do Ribatejo, de Santarém”, referiu Nuno Russo, citado em nota de imprensa do município.
Nuno Russo apresentou também os dados do diagnóstico da realidade agrícola, pecuária, florestal e agroindustrial no concelho de Santarém, que apresenta alguns dados sobre a evolução da superfície de frutos secos. A superfície dedicada à produção de frutos secos era extremamente reduzida até ao recenseamento de 1999, sendo que em 2009 observou-se um aumento de mais de 500 por cento na área dedicada à produção de frutos secos, relativamente ao recenseamento anterior, e até 2019 o crescimento foi de mais de 160 por cento, sublinhou.
Na sua intervenção, Nuno Russo congratulou a Portugal Nuts, na pessoa do engenheiro António Saraiva, pela realização do evento. O encontro foi dividido em dois momentos principais. No dia 22 de Outubro, realizaram-se visitas técnicas às empresas GoNuts e Herbisrama, tendo como principal foco a observação das práticas de cultivo e inovação no sector, que proporcionaram uma oportunidade para a partilha de experiências e conhecimento. No dia 23, o colóquio permitiu debater, ao longo do dia, as principais temáticas da produção da amêndoa, da castanha, da noz e da avelã.

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