Economia | 03-11-2024 15:00

Mação apoia apicultores para estimular produção de mel e travar declínio do sector

Mação apoia apicultores para estimular produção de mel e travar declínio do sector
Vasco Estrela, autarca de Mação, quer incentivar apicultores do concelho

Actualmente existem três mil colmeias no concelho de Mação, mas já foram mais de 10 mil. Presidente da câmara, Vasco Estrela, diz que travar declínio do sector é fundamental.

A Câmara de Mação vai apoiar financeiramente os apicultores locais para estimular a produção de mel e suster o acentuado declínio da actividade apiária no concelho, anunciou o município. “Ao longo dos anos tem-se assistido a uma diminuição do número de apiários e, apesar da câmara também ajudar o sector através da instalação de uma central meleira, não tem sido possível travar este declínio, que é um pouco transversal a todo o sector primário no concelho”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela.
Nesse sentido, e para suster o declínio da actividade, o município aprovou um regulamento de apoio para os apicultores que se traduz num apoio financeiro a fundo perdido a conceder aos titulares de apiários registados em Mação e que visa “contribuir para a manutenção, desenvolvimento e crescimento da fileira, atenuando o impacto negativo do constante aumento dos custos de produção”, sem o correspondente aumento de receitas. “Entendemos que podia ser relevante termos um sistema de incentivos a este sector e que era uma forma de tentar dar um sinal de apoio, ainda com algum significado em termos financeiros, para estimular a produção de mel e [para os apicultores] terem a consciência da importância da agricultura no nosso concelho”, afirmou Vasco Estrela.
O autarca deu conta de um “decréscimo abrupto de existências” nesta fileira, que a par da olivicultura, vitivinicultura e pecuária extensiva, predominava em Mação nos anos 60 e 70, tendo referido existirem actualmente cerca de três colmeias e cortiços registados, em contraste com as 10 mil colmeias contabilizadas na década de 80. “Penso que tem muito a ver com o despovoamento do território, também com alguma dificuldade de escoamento do produto, com algum desinteresse que foi acontecendo e com algumas doenças ligadas ao sector. Acho que tudo isto conduziu a esta realidade”, declarou Vasco Estrela. “Estamos a falar de cinco euros por colmeia e, portanto, diria que se tivermos estas três mil colmeias só aí significa um investimento de cerca de 15 mil euros que me parece interessante e relevante para o sector”, sublinhou. O objectivo, sintetizou Vasco Estrela, “é que as pessoas não desistam e sintam que os poderes públicos estão do seu lado”.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1692
    27-11-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1692
    27-11-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo