Alcanena aprova orçamento de 66 milhões para 2025
Orçamento de 66 milhões em Alcanena vai ser deliberado na próxima assembleia municipal de Alcanena, a 13 de Dezembro.
O município de Alcanena aprovou por unanimidade um orçamento de 66 milhões de euros para 2025, o maior de sempre, com um aumento de 30 milhões em relação a 2024, sendo 28 milhões para investimentos em habitação. “Os números, só por si, já dizem muito. Não dizem tudo, mas dizem muito. O nosso orçamento de 2022 foi de cerca de 20 milhões, ou seja, o nosso primeiro orçamento deste mandato. O nosso orçamento do último ano do mandato é de 66 milhões, portanto, mais do triplo do nosso primeiro orçamento”, disse à Lusa o presidente do município. Segundo Rui Anastácio cerca 80% das habitações são destinadas a jovens casais, com o objectivo de que estes “se fixem ou regressem a casa”, contribuindo para o tecido social e económico, tendo feito notar uma quebra populacional na ordem dos 10% na última década, o que representa “um desafio enorme”.
Além da habitação, as prioridades de investimento em Alcanena são o ambiente, a regeneração urbana e o sector da inovação e empreendedorismo, com um investimento de quatro milhões na Nova Medical School, em duas ‘startup’, no GreenLal em Espinheiro e no novo Parque Empresarial de Alcanena. A protecção civil tem alocada uma verba de 1,5 milhões, a rede viária cerca de 900 mil euros e a modernização administrativa e digitalização do município meio milhão de euros.
Do total dos 66 milhões do orçamento para 2025, Rui Anastácio destacou ainda um investimento de 1,9 milhões na rubrica ‘Famílias’, onde se englobam creches e jardins-de-infância, acção social escolar, parques infantis, integração de migrantes e ensino superior, 650 mil euros de transferências directas para as freguesias e 500 mil euros de apoio ao associativismo.
O município aprovou ainda, e igualmente por unanimidade, os impostos municipais, mantendo uma “trajectória descendente do IMI e do IRC”, reduzindo o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de 0,385 para 0,375 para prédios urbanos (a lei permite uma percentagem de 0,3% a 0,45%), mantendo-se a majoração nos casos de “prédios em ruínas ou devolutos” e a redução para as famílias. A Derrama permanece em 1,5% para empresas com volume de negócios superior a 150.000 euros, em 0,75% para as que se situam entre os 50.000 e os 150.000 e ficam isentas as que ficam abaixo desse valor. A taxa de participação variável do Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) foi fixada em 4,7%, uma descida relativamente ao ano em curso (4,8%). A assembleia municipal vai deliberar sobre o orçamento no dia 13 de Dezembro.