Economia | 12-01-2025 07:00

Turismo do Alentejo queixa-se de tratamento desigual na abolição de portagens

Turismo do Alentejo queixa-se de tratamento desigual na abolição de portagens
José Manuel Santos

O presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, diz que o Alentejo foi discriminado no processo de abolição de portagens em relação a outras regiões do interior do país.

O presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, queixou-se do “tratamento desigual” da região alentejana em relação a outras onde foram abolidas portagens em autoestradas, o que “afecta a competitividade turística” deste território. “Não estou contra essa medida [abolição de portagens nas autoestradas do Interior e Algarve conhecidas como ex-Scut]. Estou contra que não se tenha usado a mesma bitola para com uma parte importante do interior do Alentejo”, afirmou à agência Lusa o responsável.
Falando a propósito do fim das portagens nas ex-Scut, em vigor desde 1 de Janeiro, José Manuel Santos disse ver “com desagrado” que existe “um tratamento desigual” do Alentejo, numa área que “afecta a competitividade turística dos territórios do interior”. Por um lado, salientou, que a abolição de portagens nas autoestradas vai “na direcção certa”, pois constitui “um estímulo e um incentivo à deslocação de pessoas, também turistas, para os territórios do interior, nomeadamente do norte e do centro”.
“Mas, em contrapartida, há um tratamento desigual dado aos territórios do Alentejo Central e um pouco do Alto Alentejo, que são atravessados pela autoestrada A6, em que verificamos, inclusive, que há um aumento do custo da portagem”, realçou. Segundo o presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, o preço da portagem para viaturas ligeiras no troço Marateca - Caia da A6 aumentou 35 cêntimos. “Poderá dizer-se que é um aumento ligeiro de 35 cêntimos para quem faz o troço Marateca – Caia, mas não é um estímulo” à deslocação de turistas para a região, sublinhou, insistindo na ideia de que esta diferenciação é injusta.
Assinalando que “o turista nacional é um cliente mais sensível ao factor preço”, o responsável avisou que a manutenção da portagem na A6 e até o aumento do preço “não ajudam à competitividade turística do Alentejo, essencialmente para o mercado interno”. “Queremos que o Alentejo seja um destino de férias para todos aqueles que querem vir usufruir da hospitalidade, qualidade e diversidade dos nossos recursos e produtos turísticos e preocupa-nos haver medidas que vão no sentido de favorecer outras regiões do país”, acrescentou.
As portagens foram abolidas na A4 - Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 - Pinhal Interior, A22 - Algarve, A23 - Beira Interior, A24 - Interior Norte, A25 - Beiras Litoral e Alta e A28 – Minho, esta última apenas nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

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