Economia | 29-01-2025 07:00

Sector equestre, gastronómico e de natureza potenciam desenvolvimento turístico da Golegã

Sector equestre, gastronómico e de natureza potenciam desenvolvimento turístico da Golegã
Feira Nacional do Cavalo subiu de patamar com aumento de 20% ao nível de participações de cavaleiros e cavalos nos últimos quatro anos

O concelho da Golegã tem observado um progresso significativo do ponto de vista do desenvolvimento turístico, uma actividade alavancada pelo turismo equestre, gastronómico, de natureza e literário, com vários sinais que saltam à vista.

São vários os factores que têm contribuído para o desenvolvimento turístico do concelho da Golegã, nomeadamente a actividade gerada pelo sector equestre, que não se resume à Feira Nacional do Cavalo, uma vez que a Golegã recebe, ao longo de todo o ano, mais de 20 competições equestres que trazem ao território milhares de pessoas, afirma a O MIRANTE Diogo Rosa, vice-presidente da autarquia. “Milhares de pessoas pernoitam e frequentam o comércio local e restauração da vila e dos concelhos limítrofes, dinâmica que justificou o lançamento do primeiro Concurso de Dressage Internacional da Golegã, que se irá realizar entre 25 e 27 de Abril de 2025”, adianta.
Para o autarca, o complemento da dinâmica turística com a actratividade da Reserva Natural do Paul do Boquilobo, e com os roteiros literários que agora começaram a ser implementados, muito sustentados no interesse que existe pela obra de José Saramago, prémio Nobel da Literatura, natural da freguesia da Azinhaga, têm tido uma forte importância nesta dinâmica, a que se junta o turismo religioso, com a passagem diária de dezenas de peregrinos pelo Caminho de Santiago. “Toda esta actividade torna a Golegã o concelho da Lezíria do Tejo com mais camas registadas por 100 habitantes, tendo-se verificado um aumento de 30% de novos registos nos últimos quatro anos. A estes dados, somamos os aumentos de facturação dos espaços turísticos geridos pelo município da Golegã, com receitas recordes em 2024, em especial no Parque de Campismo com um crescimento de 41%, e na Casa-Estúdio Carlos Relvas de 37%, em relação aos melhores números pré-pandemia”, refere, acrescentando que “este dinamismo gera confiança suficiente nos operadores privados para investirem na Golegã, como são exemplo o projecto de expansão do Hotel Lusitano e o projecto do Vila Galé para Reabilitação da Quinta da Cardiga”, num investimento previsto de 20 milhões de euros.
Diogo Rosa diz ainda que a câmara municipal da Golegã tomou diversas medidas para a valorização da actividade turística, como a abertura da Casa-Estúdio Carlos Relvas aos sábados e domingos, com a criação de uma agenda cultural estruturada e amplamente divulgada, sustentada na marca VisitGolegã, criada em 2022 e associada a uma plataforma online de divulgação dos produtos turísticos públicos e privados disponíveis no concelho, bem como através de uma programação estruturada e regular nos museus e bibliotecas. O reforço nas transferências directas para as associações, vinca o autarca, aumentou 60% em relação ao mandato anterior, “o que contribuiu para que haja uma actividade realizada por estas entidades de uma forma sistemática, sendo este mais um motivo de atractividade para os turistas que nos visitam”.
O vice-presidente conclui afirmando que a aposta na criação de eventos culturais e turísticos em todas as freguesias do concelho contribui para esta dinâmica, nomeadamente com o investimento no evento Olé Golegã, com a atribuição de uma apoio monetário substancial para a realização do certame, no apoio ao Dia Medieval do Pombalinho, e na criação de dois novos eventos de dimensão regional, o Festival da Biosfera em 2022 e a criação do Festival do Campino em 2023.

Feira Nacional do Cavalo bate recordes

No âmbito da Feira Nacional do Cavalo, para além de ter sido alcançada a sustentabilidade financeira do certame, o evento subiu de patamar, batendo todos os recordes de participações de cavaleiros e cavalos, com um aumento de 20% nos últimos quatro anos, bem como de espaços de venda ao público, com 214 expositores, afirma Diogo Rosa. “Foi a primeira vez que registámos mais de 200 expositores de comerciantes em actividade, num evento onde criámos também o Palco Tradição, que cumpre o nosso objectivo de divulgação e promoção da cultura local e regional, com amostras das diferentes componentes do mosaico cultural nacional e que encontram na Feira um palco para o mundo. Neste sentido, está em curso uma candidatura da Feira Nacional do Cavalo a Património da Humanidade, reconhecido pela UNESCO, para preservar a nossa tradição e identidade, valorizando o nosso território e a nossa cultura, o que permitirá divulgar ainda mais o nosso ex-líbris”, frisa.

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