Economia | 20-06-2025 21:00

Constância recebeu encontro para defesa dos rios e da água

Constância recebeu encontro para defesa dos rios e da água
Movimentos de norte a sul do país reuniram-se em Constância para reforçar a defesa dos rios - foto DR

Movimentos cívicos pretendem reforçar um pensamento estratégico que represente um projecto viável de acção colectiva e individual pela gestão sustentável dos rios e da água.

O “II Encontro Nacional de Cidadania pela Defesa dos Rios e da Água”, que se realizou no Fluviário Foz do Zêzere, em Constância, definiu acções conjuntas a concretizar pela não proliferação de novas barragens e açudes, pela implementação de regimes de caudais ecológicos, de medidas de restauração fluvial da legislação comunitária e nacional, dos planos de gestão da bacia hidrográfica. Cerca de 70 pessoas de cinco movimentos cívicos, de norte a sul do país - AMORA, #MovRioDouro, MUNDA, PAS e proTEJO -, participaram na iniciativa onde ouviram especialistas e definiram acções e formas de mobilização da cidadania para uma gestão sustentável dos rios e da água.
Durante a manhã foi abordado o tema “A gestão e uso da água para garantir a sustentabilidade da vida” tendo o programa contado com José Pimenta Machado, da Agência Portuguesa do Ambiente; Sara Correia, da ZERO; Jorge Bochechas, do ICNF; Lígia Vaz Figueiredo, do GEOTA; Joaquim Poças Martins, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Susana Neto, da Universidade de Lisboa e da Associação Portuguesa de Recursos Hídricos. Os especialistas reflectiram sobre a nova estratégia “Água que une”, a restauração e conectividade fluvial e a gestão e eficiência hídrica, ao nível da redução das perdas e reutilização.
Durante a tarde, foram eleitas como prioritárias quatro das 15 reivindicações pelos rios e pela água, designadamente: não à proliferação de novas barragens e açudes; sim à definição e implementação rigorosa de regimes de caudais ecológicos; sim à implementação de processos de recuperação ecológica; sim ao cumprimento da legislação nacional e comunitária e à implementação urgente das medidas previstas nos Planos de Bacia Hidrográfica (PGRH). Os movimentos cívicos pretendem assim a introdução destas reivindicações na agenda política e a construção de um discurso com pensamento estratégico que represente um projecto viável de acção colectiva e individual responsável e com sentido de justiça intergeracional.
O encontro expressou ainda o mútuo apoio e encorajamento entre estes movimentos cívicos e as populações ribeirinhas do Tejo para que seja abandonado o projecto de construção de um novo açude no rio Tejo imediatamente a jusante da foz do rio Zêzere.

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