Médio Tejo com resposta em rede para proteger população do impacto dos fenómenos climáticos extremos

ULS Médio Tejo, em parceria com o Comando Sub-Regional do Médio Tejo da ANEPC, impulsiona resposta inédita em rede para proteger população do impacto dos fenómenos climáticos extremos.
Face à crescente frequência e intensidade dos fenómenos climáticos extremos, a Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo), através da sua Unidade de Saúde Pública, em parceria com o Comando Sub-Regional do Médio Tejo, da ANEPC , promoveu uma reformulação estratégica da resposta regional a estas situações. Foi revogado o antigo “Plano Prévio de Intervenção às Ondas de Calor” e substituído pelo novo “Plano de Coordenação, Antecipação e Resposta no Apoio à População sujeita a Fenómenos Climáticos Extremos” (PCARAP-FCE). Este documento estratégico envolve, de forma sistematizada e integrada, os agentes de protecção civil, forças de segurança, autarquias, Segurança Social e sociedade civil.
Este projecto foi impulsionado em 2023 pela Unidade de Saúde Pública da ULS Médio Tejo, através de um desafio lançado para repensar a abordagem das distintas entidades perante os fenómenos climáticos extremos, cada vez mais frequentes e intensos na região. Esse foi o primeiro passo que levou à concretização do Plano de Coordenação, Antecipação e Resposta no Apoio à População a Fenómenos Climáticos Extremos, uma resposta integrada por parte de todas as estruturas da sociedade e da região, e um instrumento estratégico de protecção da saúde e do bem-estar da população mais vulnerável da região. O plano envolve um esforço coordenado para antecipar riscos, reforçar a resiliência comunitária e proteger a população mais vulnerável aos riscos climáticos: idosos, crianças, portadores de doença crónica, doentes acamados ou dependentes, entre outros, como os trabalhadores de sectores de actividades desenvolvidas ao ar livre.
A resposta incide sobre três eixos principais de actuação. Os dois primeiros têm carácter preventivo, através da requalificação energética das habitações das populações em maior risco, mitigando os efeitos do calor e do frio extremos; e da sensibilização e capacitação da população vulnerável e suas redes de apoio para melhor lidar com os riscos climáticos da região. O terceiro já envolve uma resposta proactiva em saúde e ação social, com mecanismos de deslocação e apoio à população.
“A saúde pública não pode esperar pela emergência para agir”, afirma Casimiro Ramos, presidente do conselho de administração da ULS Médio Tejo. “Este plano é o resultado de uma visão estratégica partilhada, que coloca a protecção das populações mais vulneráveis no centro da resposta às alterações climáticas, mitigando os seus efeitos na saúde da população”, explica o responsável.