Economia | 04-10-2025 07:00

Cultura da figueira em Torres Novas está viva e de boa saúde

Cultura da figueira em Torres Novas está viva e de boa saúde
Michelle Rosa - foto DR

Feira Nacional dos Frutos Secos regressa a Torres Novas com aposta na valorização do sector. Presidente da associação Go Figo diz que processo para a criação da marca “Figo de Torres Novas” já arrancou.

Michelle Rosa, da associação Go Figo, que reúne 11 produtores de Torres Novas, diz que a Feira Nacional dos Frutos Secos tem desempenhado um papel crucial na valorização e dinamização da actividade, registando uma “clara evolução” desde 2012, primeiro ano em que participou. “Estamos numa terra onde a cultura da figueira está completamente adaptada, com um microclima e solos calcários que permitem produzir um figo único no mundo: o preto de Torres Novas”, declarou. A produtora, que detém a marca ‘Doce Terra’, lembrou, no entanto, a necessidade de avançar com uma certificação de origem que garanta “maior protecção e valorização comercial”.
A Go Figo, agrupamento de 11 produtores fundado em 2020, já iniciou o processo com a criação da marca colectiva “Figo de Torres Novas”, tendo a empresária indicado que “as coisas levam o seu tempo” e que o objectivo persiste. Em termos de oferta dos produtores torrejanos, e “apesar da crescente procura, a produção ainda não é suficiente” para a resposta aos pedidos, notou. “Nunca chega o figo, seja preto ou pingo de mel”, disse Michelle Rosa, defendendo “preços justos para manter a qualidade e a sustentabilidade” do sector.
A produtora lembrou ainda que o figo exige muita mão-de-obra, já que, indicou, “para um quilo de figo seco são precisos 3,5 quilos de figo fresco, que passam mais de dez vezes pela mão até chegar ao consumidor”. Além de apostar na produção em cerca de 15 hectares, a Go Figo trabalha em parceria com laboratórios para aprofundar os benefícios nutricionais do figo, considerado um “superalimento rico em fibras e antioxidantes”.
O centro histórico de Torres Novas recebe de 2 a 5 de Outubro a Feira Nacional dos Frutos Secos com 80 expositores e produtores de figo, com o município a destacar a aposta continuada na valorização do sector. Para esta edição da feira, Michelle Rosa diz que os visitantes “devem procurar a banca dos produtores, provar figos novos e distinguir a qualidade”. Além dos espaços dedicados aos frutos secos e derivados, o certame inclui áreas de artesanato, produtos alimentares, restauração e animação.

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