Autarca de Coruche destaca impacto de nova unidade da ETSA no emprego e na economia local

O presidente da Câmara de Coruche considera a nova fábrica da ETSA, inaugurada dia 19 de Setembro, “uma boa notícia” para o concelho, sublinhando o contributo para a criação de emprego, para a riqueza local e para a saúde pública.
O concelho de Coruche foi palco da inauguração da nova unidade industrial ProHy, do Grupo ETSA, num investimento de 20 milhões de euros, dos quais 6,5 milhões comparticipados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Francisco Oliveira, presidente da Câmara de Coruche, sublinha a O MIRANTE que o projecto é resultado da estratégia de desenvolvimento económico do município.
“A actividade económica, para além de ser geradora de emprego, é também geradora de riqueza. Este projecto, que está a ser desenvolvido há muito tempo, contou com o envolvimento da câmara para encontrar mecanismos que permitissem ao grupo empresarial ampliar as suas instalações e criar novas unidades, como a que agora é inaugurada”, disse o autarca.
A unidade ProHy dedica-se à economia circular, transformando subprodutos animais em farinhas, ingredientes para alimentação de animais, medicamentos veterinários e produtos para aquacultura. O edil destaca que esta transformação representa não apenas riqueza, mas também uma mais-valia para o país.
O autarca frisa que o investimento de 20 milhões de euros vai permitir criar novos postos de trabalho já no curto prazo e tem “a perspectiva de, a longo prazo, duplicar o número de trabalhadores”. Francisco Oliveira lembra ainda que a inovação tecnológica associada ao projecto é crucial para lidar com matérias-primas que, se não forem tratadas devidamente, podem representar riscos para a saúde pública.
De acordo com a ETSA, a tecnologia proprietária da unidade foi desenvolvida ao longo de seis anos em colaboração com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa. Trata-se de um processo de hidrólise natural, sem químicos, com capacidade de microencapsular ingredientes de forma intrínseca, reduzindo em até 90% as emissões de gases com efeito de estufa.
As primeiras exportações vão destinar-se aos sectores de petfood premium, aquacultura e farmacêutica veterinária, com destino a mercados da Europa, Estados Unidos e Ásia. A unidade arranca com 14 postos de trabalho qualificados, que poderão duplicar a médio prazo.
O projecto está preparado para duplicar a capacidade produtiva e, no futuro, avançar para aplicações na alimentação humana, em linha com as metas nacionais e europeias de descarbonização e transição verde. A empresa adianta ainda que prevê novos investimentos em investigação e desenvolvimento, incluindo análise molecular de proteínas e ADN, para reforçar o controlo de qualidade e criar novas gerações de produtos diferenciados.