Economia | 28-12-2025 21:00

Desmantelamento da Central do Pego deve arrancar no início de 2026

Desmantelamento da Central do Pego deve arrancar no início de 2026

Presidente da Câmara de Abrantes explicou que a operação irá libertar espaço para novos investimentos. Manuel Valamatos teve reunião com secretário de Estado da Energia.

O presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos (PS), anunciou que o desmantelamento da Central Termoelétrica do Pego deverá avançar no início de 2026, uma vez que o processo de licenciamento se encontra concluído ou em fase final. A intervenção foi feita na mais recente sessão da Assembleia Municipal de Abrantes, onde o autarca explicou que a operação irá libertar espaço para novos investimentos, criando condições para a instalação de novos projectos económicos no concelho e na região.
Manuel Valamatos revelou ainda ter tido recentemente uma reunião com o secretário de Estado da Energia, na qual foi possível confirmar que o Governo concedeu mais um ano para a concretização do projecto energético liderado pela Endesa. Trata-se de um investimento de cerca de 700 milhões de euros, que já está a ter reflexos no território, nomeadamente com a instalação de painéis fotovoltaicos e parques eólicos. Segundo o autarca, a componente mais estruturante do projecto vai arrancar em 2026, sendo que a Endesa prevê iniciar a produção de energia em 2027.
Relativamente ao encerramento da central, o presidente da autarquia manifestou preocupação com a protecção social dos trabalhadores, defendendo a continuidade dos mecanismos de apoio até que o novo projecto energético esteja plenamente afirmado. O autarca abordou ainda a criação das zonas livres tecnológicas, que já estão definidas em lei, mas carecem de regulamentação e de articulação com o Fundo de Transição Justa. Para Manuel Valamatos, é essencial a criação de equipas dinamizadoras capazes de atrair investimento, inovação e investigação para o território.
Por fim, o presidente da Câmara de Abrantes destacou o elevado potencial do ponto de injecção de energia existente no Pego, considerando-o determinante para a transformação económica da região no período pós-carvão. Embora reconheça que o processo é complexo e moroso, Manuel Valamatos sublinhou que estão em curso vários projectos e que este será um factor decisivo para garantir uma nova centralidade energética e económica a Abrantes e ao Médio Tejo.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias