A aguardente de medronho e o “Gin D’Aire” são dois projectos que Sérgio Lopes, auto-didacta na produção de bebidas alcoólicas, quer ver no mercado ainda este ano. Fabrica e vende licores desde 2017. No entanto, refere que essas bebidas mais doces acabam por ter pouco mercado, sendo comercializadas sobretudo em feiras, onde marca presença esporadicamente. Com as duas novas bebidas, feitas com 90% de matéria-prima local, espera escalar o negócio e vender para sectores como o da hotelaria.
Encostados a uma parede estão cerca de 10 baldes de cor alvacenta. Cada um tem no interior 25 kg de massa de medronho, fruto esse que Sérgio Lopes, 41 anos, apanha dentro de uma fazenda familiar ou nos arbustos selvagens que proliferam na Serra de Aire. Apesar de aproveitar alguma coisa do que nasce em terrenos silvestres, o produtor, residente em Monsanto, concelho de Alcanena, explica que o medronheiro “cresce com outro vigor se for bem tratado e limpo com frequência”. Significa que a natureza devolve ao homem aquilo que dele recebeu.
Como todas as árvores e plantas o medronheiro tem a sua época de prosperidade. Entre Setembro e Dezembro é quando Sérgio Lopes se embrenha na apanha da matéria-prima. Dos dias que passa a calcorrear a pé consegue recolher cerca de 5 kg. São necessárias cinco jornas para encher o balde de 25 kg, que resultará em três litros da aguardente que o produtor está a criar. Sérgio Lopes revela a importância de seleccionar “bagas de cor-de-fogo”, pois só assim mantém a chama da bebida acesa.
A massa de medronho é transformada pelo próprio, que junta um litro de água por cada 5 kg do fruto. É a sua técnica, “outros produtores poderão ter outras”, menciona. Depois fecha o balde e coloca numa pequena cavidade superior um air lock (cadeado de ar) que permite a libertação do dióxido de carbono da mistura e impede a entrada de oxigénio para não azedar o conteúdo. Esta é a fase do processo que se dá pelo nome de fermentação e dura normalmente entre 3 e 4 meses.
Uma vez concluído esse período chega a hora de pôr o alambique a trabalhar. Sérgio Lopes é funcionário numa fábrica de peles, mas nas horas vagas transforma-se num autêntico druida. Com a receita pronta o produtor prepara o sistema, aponta num caderno os graus apresentados no alcoolímetro e dá conta da ordem cronológica de cada passo do processo.
Depois espera, calmamente, por ver o primeiro gotejamento. Iniciada a destilação, a primeira parte a sair tem o nome de “cabeça”. Sérgio Lopes chama a essa fracção um “veneno que pode demorar até duas horas a ser expelido na totalidade”, conclui. Só quando a bebida começa a fiar, ou seja, a correr em fio certo, é que estamos perante aquilo que é chamado “coração”, capaz de entusiasmar quem ao ofício se dedica. Entre os segredos Sérgio Lopes realça ser essencial ter “paciência, metodologia e amor no que se faz”.
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