Almeirim chegou a ser considerada a Sintra de Inverno de reis e nobres nomeadamente no século XVI. Actualmente mantém os encantos da altura, mas acrescentou-lhes outros interesses.

A setenta quilómetros de Lisboa e a sete de Santarém possui boas acessibilidades e é uma boa opção para uma estadia tranquila, tendo tudo o que é necessário para tal, a começar por hotéis, hospedarias e oferta de alojamento em turismo rural ou agro-turismo.

Actualmente os dois troços de estradas que mais servem a população de Almeirim são a EN114 e a EN118, assim como o IC10. A construção da ponte Salgueiro Maia e da A13 serviu para reforçar a localização privilegiada de Almeirim e consequente acesso, tanto para a população de Santarém como de todo o país, já que a referida ponte liga Almeirim à A1 e à A2 (por via da A13), sendo assim um ponto de convergência quer para norte, sul ou a fronteira espanhola.

A capacidade de trabalho e de empreendimento dos almeirinenses, a referida localização geográfica e proximidade da capital do país, a existência de um sector da restauração muito forte que beneficia do elemento distintivo que é a tradicional Sopa de Pedra, a qualidade dos vinhos do concelho e demais produtos agrícolas, resultantes da excelente qualidade dos solos e o saber de gerações, as potencialidades turísticas e a existência de uma cultura artesanal são destacadas como factores potenciadores de desenvolvimento.

Há quem rume a Almeirim por causa dos seus restaurantes e da gastronomia. A famosa Sopa da Pedra, o pão tradicional, denominado caralhotas, o melão e o vinho são elementos em destaque. Em Almeirim há mais do que apenas a gastronomia.

Inúmeras casas agrícolas que se integram numa Rota dos Vinhos, algumas das quais com oferta de programas que incluem, por exemplo, passeios a cavalo, podem ser uma bom motivo para uma estadia.

E há também património para visitar, se for esse o interesse de quem escolhe o concelho para se afastar da capital. Alguns exemplos são a igreja matriz de S. João Baptista; o museu municipal e o pórtico de Paço dos Negros, na freguesia de Raposa, que foi erigido em 1512, como atesta a Carta de Quitação de el-rei D. Manuel I ao seu escudeiro e primeiro almoxarife do Paço da Ribeira de Muja, Diogo Rodrigues.

A encimar o pórtico são ainda visíveis as ameias com os seus merlões e, lateralmente, encontram-se as armas reais, de coroa aberta, ladeadas pela esfera armilar do rei D. Manuel I, o Venturoso.

Numa altura em que a situação nos grandes centos urbanos faz muitos habitantes rumarem a outros locais mais arejados e tranquilos quem vai a Almeirim pode mesmo equacionar uma mudança na sua vida, sem perder nada do que usufrui em Lisboa.