Especiais | 12-05-2023 10:00

“Quero que a Chamusca avance e que acabem as obras das piscinas”

“Quero que a Chamusca avance e que acabem as obras das piscinas”
ESPECIAL ASCENSÃO 2023
Filipe Barreira gostava de ver a Chamusca com maior qualidade de vida

Filipe Barreira, 55 anos, nascido e criado na Rua da Formiga, na Chamusca, é pedreiro de profissão e administrador de uma pequena empresa de construção. Sem papas na língua afirma que vê o futuro da terra muito negro e que a Ascensão já não é o que era, considerando que a festa maior do concelho foi politizada e que perdeu o interesse. Considera que o estado do Tejo é deprimente e é contra a câmara financiar as corridas de toiros da vila.

Lembra-se da primeira Ascensão a que foi? E a uma entrada de toiros?

Lembro-me de ir com a minha mãe às entradas de toiros. Mas a festa foi politizada e perdeu utilidade. O interesse para a terra é zero. O município devia envolver-se nas associações.
Costuma ver a entrada de toiros protegido pelas tábuas? Agora gosto de ver lá dentro, mas sempre reservado. Antes entravam toiros da corrida, tinham outras investidas, hoje são practicamente treinados para este tipo de eventos.

Quando vai às corridas de toiros da terra compra os bilhetes ou são oferecidos pela câmara?

Nunca tive ofertas por parte do município e sou contra isso, porque quem gosta da festa paga o bilhete. Já tive ofertas de familiares. Ia às corridas de touros porque o meu pai fazia parte do staff da praça e tinha direito a um bilhete e oferecia-me. Agora é o meu irmão.

Concorda que seja a câmara a pagar as corridas de toiros organizadas por uma empresa?

Deve criar as condições nas formas legais para que as coisas andem. Sou contra financiar.

Como vê o futuro da sua terra?

Muito negro. Os jovens não têm futuro aqui. Há emprego na Chamusca mas não há para os formados. Em termos de acessibilidades também se perde muito tempo. E a Chamusca até é uma zona simpática para se viver.

O Miradouro de Nossa Senhora do Pranto é o lugar mais bonito?

Esse talvez seja o ponto máximo, derivado à vista e à história que tem. É onde se consegue observar a maior extensão da Chamusca.

Como é que vê o problema da Ponte da Chamusca e o facto de as piscinas municipais estarem fechadas para obras há 4 anos?

A Ponte da Chamusca é outro bilhete-postal que está a ser muito maltratado. Deviam sinalizar a estrada até lá, criar um pórtico para que não haja acidentes e colocar um semáforo intermitente para os ligeiros. Há alturas em que temos filas de ligeiros, não faz sentido essa espera. As piscinas não sei porque estão fechadas e parecem abandonadas. As pessoas têm de se deslocar à Golegã.

Concorda com o novo centro de saúde no Bairro Primeiro de Maio?

Não sou muito a favor da deslocação lá para cima, acho que se podia recuperar algumas coisas dentro da vila e não concentrar tudo num sítio, como o antigo posto da GNR, onde é hoje a Segurança Social.

O que é que quer para a Chamusca?

Quero que a Chamusca avance e que acabem as obras das piscinas. Há pessoas a deslocarem-se para outras terras e terem outra qualidade de vida. Também gostava de ter um parque de campismo e um museu porque a Chamusca tem muita história. E uma praia fluvial.

Para quem nasceu na Rua da Formiga, ter o Tejo à porta de casa tem algum significado especial?

Há uma forte ligação, é um pouco de nós e da nossa infância. Ainda hoje vamos ver o Tejo, mas no estado em que está é um pouco deprimente.

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