“Defendo mais visibilidade para grupos culturais da Chamusca”
Luís Vieira, 58 anos, é proprietário de um dos restaurantes mais emblemáticos da Chamusca – O Corticeiro. Há duas décadas que, devido ao negócio, não vê a entrada de touros na Quinta-feira de Ascensão, mas confessa que tem saudades desses tempos. Não concorda que a câmara subsidie as corridas de toiros e destaca como positivo na festa da Ascensão a criação do palco juventude.
Lembra-se da primeira Ascensão a que foi? E a uma entrada de toiros?
Ainda havia carrosséis e carros-de-choque. Tenho uma vaga ideia de que a estrada nacional era em seixo. Há pessoas que não se deitavam, outras que iam para lá às oito da manhã para apanharem lugar para verem a entrada de toiros e depois são dois minutos. Com o restaurante já não vou há 24 anos e tenho saudades, mas não podemos ter as duas coisas. Entre as mudanças destaco que fizeram o palco da juventude e também me junto lá.
Concorda que seja a câmara a pagar as corridas de touros organizadas por uma empresa como se estivesse a apoiar uma associação local?
Não, se for algum evento de picaria é diferente porque não há quem esteja a lucrar com isso.
A Ascensão devia privilegiar sempre a actuação dos grupos culturais do concelho todos os anos e não só de vez em quando? Acho que se devia dar mais visibilidade, parece-me que este ano vamos ter ranchos folclóricos. O nosso concelho é um bocado grande e temos muita coisa.
Para quem vive na Chamusca a presença do Tejo à porta de casa tem algum significado especial?
Costumo fazer piqueniques, molhar os pés e apanhar um pouco de sol.
O Miradouro de Nossa Senhora do Pranto é o bilhete-postal da Chamusca ou há outros lugares mais bonitos?
Temos coisas engraçadas que estão a começar a ser divulgadas. O Joel Moedas-Miguel tem trabalhado nesse sentido.
Como é que vê o problema da Ponte da Chamusca e o facto de as piscinas municipais estarem fechadas para obras há 4 anos?
Não me tinha apercebido que as piscinas estavam fechadas há tanto tempo. Na ponte o problema foi as laterais, que encurtaram a ponte em 20 centímetros, mas com os semáforos sente-se melhorias. Às vezes os clientes ligam-me a avisar que vão chegar atrasados.
Concorda com o novo centro de saúde no Bairro 1º de Maio?
A Chamusca tem muitas ladeiras. A mim não me faz confusão porque tenho carro, mas quando for mais velho vou ter de pedir a um filho, a uma pessoa amiga ou pagar um táxi para ir a uma consulta. Temos um edifício com elevadores há 10 ou 15 anos parado, na rua Vale da Raposa, por trás do parque municipal.