Especiais | 13-05-2023 10:00

Romaria ao Senhor da Boa Morte assinala Dia da Espiga em Vila Franca de Xira

Romaria ao Senhor da Boa Morte assinala Dia da Espiga em Vila Franca de Xira
ESPECIAL ASCENSÃO 2023
Romaria ao Senhor da Boa Morte é um momento de convívio e devoção em Vila Franca de Xira

A romaria assinala o Dia da Espiga, feriado municipal de Vila Franca de Xira, onde há a tradicional bênção dos campos. As celebrações religiosas incluem também um encontro sobre as “Irmandades em Portugal” e uma recitação do terço.

A Quinta-Feira de Ascensão, também conhecida como Dia da Espiga, é celebrado em Vila Franca de Xira com a tradicional romaria ao Senhor da Boa Morte em Povos, que este ano está agendada no calendário para dia 18 de Maio. Pelas 10h00 abre a quermesse e os peregrinos encontram-se no largo do pelourinho de Povos meia hora mais tarde para subirem a pé os dois quilómetros até ao alto do santuário do Senhor Jesus da Boa Morte. Às 11h00 começa a eucaristia da solenidade da ascensão do senhor e às 12h30 tem lugar a tradicional procissão em torno do santuário e a bênção dos campos, da cidade e do miradouro.
A tradição inclui almoço e folclore às 15h30, seguindo-se um baile popular pelas 16h00. Do programa das celebrações este ano consta ainda um encontro sobre as “Irmandades em Portugal”, pelas 17h00 de dia 14 de Maio e uma recitação do terço dia 17 de Maio pelas 17h00. A celebração do Dia da Espiga em Vila Franca de Xira é organizada pela Paróquia de São Vicente Mártir, Misericórdia de Vila Franca de Xira, Comissão de Festas do Senhor da Boa Morte e conta com os apoios da Câmara e junta de freguesia de Vila Franca de Xira e do Comité Organizador Paroquial de Vila Franca de Xira da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023.
Reza a história que a capela onde decorre a cerimónia tinha o nome de Santa Maria dos Povos, cuja festividade se celebrava todos os anos após o Domingo de Pascoela. A devoção à imagem do Senhor da Boa Morte é anterior ao século XVIII e deu-se com a descoberta, nas proximidades da igreja, de uma imagem de Jesus Cristo morto. A devoção a esta imagem implantou-se de tal forma no seio dos ribatejanos que, quando a igreja foi reconstruída, após o terramoto de 1755, o seu nome alterou-se de Santa Maria dos Povos para capela do Senhor da Boa Morte. O nome “Senhor da Boa Morte” deve-se ao povo das Lezírias e às muitas tragédias que os afligiam.

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