Gerente da António Filipe Neto Lda diz que os preços das matérias-primas ainda estão inflacionados
Alexandra Neto é uma defensora intransigente da formação profissional e diz que a agricultura ainda não tem o reconhecimento que merece.
A sócia-gerente da Antonio Filipe Neto Lda, de Rio Maior, Alexandra Neto, destaca nas competências da empresa a experiência com alfaias agrícolas, respectiva reparação, reforço, aumento de amplitude e a vertente do material de desgaste, como é o caso dos tubos hidráulicos e dos rolamentos. "A nossa experiência é uma grande mais valia. Seja nas reparações que efectuamos na nossa sede, quer nas que assumimos no terreno dos clientes", sublinha.
Com a Feira Nacional de Agricultura a decorrer, lembra que a António Filipe Neto Lda é especialista na área da metalomecânica dirigida às alfaias agrícolas, tendo uma equipa estável e competente. "Os nossos soldadores são muito experientes e quando somos solicitados analisamos cada situação em função dos requisitos específicos, desgaste previsível e qualquer outro factor por forma a conseguirmos encontrar a solução que melhor se ajusta a cada cenário".
Habitual visitante da Feira, Alexandra Neto, diz que, para além do interesse profissional, também gosta da parte lúdica, não sendo defensora da transformação da mesma numa feira apenas técnica.
Segundo diz, ainda não está a ser dada toda a importância que o sector agrícola merece. "É da maior importância valorizar a formação no universo agrícola, tornando aquele sector vital mais apelativo para os jovens. Desinvestimos no mundo agrícola durante muito tempo. Na área alimentar a pandemia veio revelar o quanto dependentes do exterior estávamos. Devemos definir um caminho em que os diversos agentes sejam reconhecidos como fundamentais e a produção agrícola assuma a sua verdadeira importância".
Sobre a actual situação económica, a sócia gerente da Antonio Filipe Neto Lda, manifesta alguma preocupação, apesar de alguns indicadores positivos. "Estamos a viver uma época com uma taxa de inflação que é uma novidade se considerarmos as últimas décadas. Temos trabalho, mas muitas vezes é complicado encontrar matérias-primas a preços justos. Os salários subiram, as oficinas estão com trabalho mas, face à conjuntura, o poder de compra não consegue acompanhar a subida dos preços e, nesse processo, não somos nós que ficamos a ganhar e muito menos os produtores agrícolas.".