Especiais | 15-07-2023 17:00

O prolongamento da vida e a eutanásia

O prolongamento da vida e a eutanásia
REVISTA DE SAÚDE E BEM ESTAR
Joaquim Costa, médico e director clínico no Hospital CUF Santarém

Joaquim Costa, médico e director clínico no Hospital CUF, Santarém não concorda com a eutanásia.

“A minha idade ideal de vida é aos 75 anos, digo e sinto isso. Mas posso com a idade mudar de ideia”. A frase é do médico Joaquim Costa, director clínico no Hospital CUF Santarém. O clinico considera, em relação ao prolongamento da vida, que a sociedade não está preparada económica e socialmente para as pessoas viverem muitos mais anos, depois dos 100 anos.
O médico, que confessa ter medo da dor, da física e da psicológica, não concorda com a eutanásia, “no sentido em que uma pessoa que aos 18 anos percebe que tem uma doença neurológica que não o vai deixar chegar aos 50 anos e quer acabar com a vida”. Porque a “medicina está sempre a evoluir e ainda pode haver uma solução”. Mas reconhece que há doenças terminais que acarretam um sofrimento atroz e que os médicos, de certa maneira, colaboraram um bocadinho com as situações de limite de vida que não têm resolução.
Segundo Joaquim Costa, se um doente terminal está a sofrer e pede qualquer coisa para as dores e lhe dá petidina (analgésico), o médico está a “contribuir para acabar com o sofrimento, mas também com a vida”. Porque a petidina afecta o sistema respiratório e afecta qualidades do organismo. “Por outro lado, o doente pode não querer continuar a ser tratado, por exemplo, e temos que respeitar a sua vontade”, acrescenta o médico.

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