É preciso quebrar o medo e a vergonha para combater o cancro da próstata
O cancro da próstata é dos que mais afecta os homens e é o segundo com mais mortalidade.
Paulo Corceiro, médico urologista, defende que é muito importante desmistificar o cancro da próstata falando da doença com naturalidade para que; quando os jovens cheguem à idade de procurar o médico, por volta dos 45 anos, não tenham receios. O especialista realça que os homens têm vergonha e medo e “sentem como uma invasão da sua intimidade o toque rectal, uma das formas de diagnóstico da doença”, mas sublinha que é preciso quebrar estas barreiras.
O cancro da próstata é o mais prevalente na Europa e “quando há sintomas temos o caldo entornado”, refere o médico, explicando que os factores que influenciam a doença são o envelhecimento, que é impossível de travar, e factores genéticos, que também não se conseguem mudar ou evitar.
O director da Unidade de Urologia do Hospital CUF Santarém costuma participar em actividades onde vai explicar, sobretudo aos jovens, as questões relacionadas com o cancro da próstata, como já aconteceu, por exemplo, com os formandos do Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica, numa sessão de esclarecimento em Santarém.
Quanto à probabilidade de um jovem desenvolver cancro da próstata, Paulo Corceiro explica que em três décadas de prática de medicina o doente mais novo que operou tinha 42 anos.
O cancro da próstata é o segundo que tem maior taxa de mortalidade. Uma alimentação desequilibrada, o consumo de álcool, comportamento sexual, exposição a radiação ultravioleta, inflamação crónica são factores que contribuem para o aparecimento da doença.