Especiais | 25-08-2023 07:00

Primeira Sopa da Pedra foi servida em 1962

Almeirim é conhecida pela Sopa da Pedra, mas também tem associada ao seu nome outras especialidades como as caralhotas, o melão e o vinho.

A fama da Sopa da Pedra desenvolveu a economia local ao nível da gastronomia e hoje são dezenas de milhares de pessoas que visitam o concelho semanalmente para comerem nos restaurantes da zona da praça de toiros. Mas Almeirim também é a terra das casas agrícolas, das quintas históricas e de muitos locais para descobrir.

Foi em 1962 que se serviu a primeira Sopa da Pedra, que é a referência da cidade, no restaurante O Toucinho. O nome da sopa e o sabor andou de boca em boca e os lisboetas começaram a procurar a cidade para provarem uma sopa à base de enchidos tradicionais, carnes de porco, feijão e batatas. A fama espalhou-se pelo país, foram surgindo mais restaurantes e a zona da praça de toiros tornou-se num grande centro gastronómico com a Sopa da Pedra como rainha.
Almeirim já era conhecida pelo melão e pelos vinhos e gerou-se uma conjugação perfeita, a que se juntou as caralhotas, um pão típico que Emília David, conhecida por “Caldeira” foi desenterrar às memórias dos antepassados e que catapultou para uma projecção regional e depois nacional. O melão de Almeirim e as caralhotas já obtiveram a certificação a nível nacional e aguardam serem reconhecidos a nível europeu. A Sopa da Pedra foi o segundo produto gastronómico a nível nacional a ser reconhecido pela Europa.
Mas Almeirim, a Sintra de Inverno de reis e nobres no século XVI, tem mais coisas para descobrir e desfrutar. É um concelho privilegiado pelos bons acessos, tornando perto a distância de cerca de 70 quilómetros que a separa de Lisboa. A construção da ponte Salgueiro Maia e da A13 serviu para reforçar a localização privilegiada de Almeirim e a ligação rápida à A1 e à A2 (por via da A13), sendo assim um ponto de convergência quer para norte, sul ou a fronteira espanhola.
No concelho há várias casas agrícolas que se integram numa Rota dos Vinhos, algumas das quais com oferta de programas que incluem, por exemplo, passeios a cavalo. Quem visitar a zona pode ver a igreja matriz de S. João Baptista, passar pelo museu municipal, ver a beleza das quintas do Casal Branco, Alorna, de Santa Marta, em Benfica do Ribatejo, ou passar pelo Convento da Serra a caminho de Raposa onde pode fazer um almoço ao ar livre em conjugação com a natureza.
Se gosta de história pode passar pelo pórtico de Paço dos Negros, que foi erigido em 1512, como atesta a Carta de Quitação de el-rei D. Manuel I ao seu escudeiro e primeiro almoxarife do Paço da Ribeira de Muja, Diogo Rodrigues. A encimar o pórtico são ainda visíveis as ameias com os seus merlões e, lateralmente, encontram-se as armas reais, de coroa aberta, ladeadas pela esfera armilar do rei D. Manuel I, o Venturoso.

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