HACL – Sociedade de Construções continua a apostar no crescimento consolidado
Para Ana Carla Lopes, gerente da HACL, os grandes investimentos em obras públicas nos próximos anos exigem capacidade de adaptação às empresas, mas a legislação e a burocracia processual terão que ser simplificadas.
A HACL é uma empresa familiar constituída há mais de 20 anos no concelho da Chamusca que se dedica ao ramo da construção civil em obras públicas e privadas, nomeadamente construção de edifícios de serviços, escolas, creches, lares de idosos, quartéis de bombeiros, centros de saúde, e também edifícios multifamiliares, espaços comerciais, moradias unifamiliares, armazéns e arranjos exteriores.
Em termos de áreas geográficas a HACL tem apostado, para além do distrito de Santarém, também nos distritos limítrofes de Castelo Branco, Portalegre, Évora e Lisboa. A empresa, para estar mais centralizada em termos de serviços, tem desde há alguns anos filial em Santarém embora mantenha os estaleiros centrais na Parreira, concelho de Chamusca.
A HACL tem realizado algumas obras emblemáticas na região como foi o caso da remodelação da Arena de Almeirim ou a execução do edifício do CDOS do distrito de Santarém, sendo que actualmente poderá destacar as empreitadas das residências de estudantes da ESES no Instituto Politécnico de Santarém, o edifício da CACI (Centro de Actividades e Capacitação para a Inclusão) de Mora e a futura sede do Edifício da Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim.
O sector da construção civil tem sofrido nos últimos anos uma crise grave de mão-de-obra, situação que também afecta a HACL, que está continuamente à procura de colaboradores responsáveis para integrar os seus quadros. Também a nível de fornecimento de materiais, apesar de neste momento a situação estar mais estável, há diversas áreas onde se têm verificado rupturas de stocks, que atrasam entregas e consequentemente as obras. A engenheira Ana Carla Lopes, gerente da HACL, refere que as duas situações conjugadas têm dificultado por vezes o cumprimento das condições contratuais no que diz respeito a prazos, embora se verifique que os vários intervenientes do sector (donos de obra, fiscalizações, projectistas, entre outros), de uma forma geral, estão sensibilizados para esta problemática. Por esse motivo a HACL procura ter bom senso ao concorrer às empreitadas e tenta avaliar com consciência a capacidade para execução das mesmas.
Tendo em conta a perspectiva para os próximos anos no mercado das obras públicas, de muito trabalho, seja para cumprimento dos programas do PRR, seja caso avancem as obras previstas e divulgadas pelo novo Governo, como é o caso do novo aeroporto, do TGV ou da nova ponte sobre o rio Tejo, as empresas do sector terão de se preparar para os desafios. Para haver esta capacidade de execução, Ana Carla Lopes refere que será necessário rever alguma legislação e burocracia processual exigida às empresas e que muitas vezes dificulta o andamento dos processos. “Caso tal não aconteça iremos, uma vez mais, desperdiçar fundos europeus que em muito poderiam ajudar no desenvolvimento de algumas estruturas no país”, sublinha. A visão de futuro a médio/longo prazo da HACL é continuar a crescer de forma consolidada e estratégica, tendo sempre em conta a premissa de que ‘reconstruindo o passado, construímos o futuro”.