Especiais | 09-06-2024 07:00

"Atelier do Massimo" é um espaço de cultura e de aprendizagem em Abrantes

"Atelier do Massimo" é um espaço de cultura e de aprendizagem em Abrantes
ESPECIAL ABRANTES
Massimo Esposito

Italiano a residir há décadas em Portugal, o pintor Massimo Esposito sempre defendeu o apoio municipal aos artistas locais, de preferência aos jovens.

Para quem procura aprender a desenhar ou pintar, ou desenvolver os seus conhecimentos nestas áreas, o “Atelier do Massimo”, a funcionar em Abrantes há vinte e oito anos, pode ser o local ideal. Massimo Esposito, italiano, radicado em Portugal, tem um longo e reconhecido percurso artístico, ao longo do qual também tem acolhido alunos.
De momento o espaço do artista está com o acesso condicionado, mas não ficará assim definitivamente. “Tenho a rua do meu atelier fechada há 11 meses, não tendo passagem. Tenho prejuízos na minha actividade e nem o município nem a firma de construção, Firmino Bispo, respondem ao meu apelo”, refere.
Com o início das Festas da Cidade a poucos dias, Massimo Esposito não tem opinião sobre os artistas contratados, nem sobre se seria adequado cobrar entradas em alguns concertos, deixando essas decisões para os responsáveis autárquicos, mas aproveita para repetir uma opinião sobre as escolhas artísticas em geral. “Aquilo que digo há décadas em Abrantes, é que se deve melhorar a exposição de artistas locais de várias áreas, mas com a ajuda duma comissão externa para coadjuvar as escolhas do município”. E que artistas convidaria Massimo Esposito para a reinauguração do cine-teatro S. Pedro, adquirido pelo município e actualmente em obras? “Fácil a pergunta, difícil a resposta. Talvez vários artistas de vários estilos musicais para contentar jovens e menos jovens, mas no hall acho seria bonita uma exposição de vários artistas locais. Sempre defendi o apoio municipal aos artistas locais e melhor ainda se jovens”, declara.
O artista gosta de Abrantes, cidade que escolheu para viver e trabalhar, e destaca a requalificação do centro histórico feita há duas décadas, como um bom investimento, lamentando que não tenha surgido mais nada notável, com excepção do MIAA (Museu Ibérico de Arqueologia e Arte), embora, na sua opinião, o mesmo não ajude a nível comercial ou industrial o desenvolvimento de que Abrantes precisa. Massimo Esposito não irá votar nas eleições para o Parlamento Europeu o que poderia fazer no nosso país se se tivesse recenseado. A decisão de não o fazer prende-se com a sua postura enquanto cidadão. “Não voto desde os meus 20 anos. Não acredito na politica, mas sim no esforço de cada pessoa a melhorar o contexto social”, explica.

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