Especiais | 16-11-2024 20:00

O que os políticos fazem depende da sua formação e dos seus princípios, bem como da sua honestidade e integridade moral

O que os políticos fazem depende da sua formação e dos seus princípios, bem como da sua honestidade e integridade moral
ESPECIAL 37º ANIVERSÁRIO
Carlos Baptista, presidente do conselho de administração da Tecnorém – Engenharia e Construções, S.A.

A nossa história, as nossas memórias, o nosso passado são as nossas bases. Não há nenhuma árvore que subsista sem as suas raízes. Por este motivo, considero que o desenvolvimento é possível lado a lado com as tradições.

Diz-se que há quem tenha memória de elefante e quem tenha memória de galinha. Onde se coloca em termos de memória?
Já diz o ditado: no meio é que está a virtude. Há situações que guardamos para sempre. Outras que devemos, talvez não esquecer, mas relativizar. No entanto, considero que, numa escala, a minha memória se posiciona mais perto da de elefante. Por exemplo, sempre tive uma grande capacidade de memorizar. Ainda hoje, tenho pouca necessidade de recorrer à agenda.
Existindo boas e más memórias, guarda mais das primeiras ou das segundas?
Das primeiras, sempre! As más não se esquecem, mas são as boas que nos permitem continuar.
Qual a melhor memória que guarda?
A melhor/melhores memórias que guardo foram aquando dos nascimentos dos meus filhos.
E a pior?
A pior memória que guardo foi quando fui surpreendido com o falecimento da minha mãe.
Já lhe aconteceu estar com um amigo ou familiar que viveu um acontecimento consigo e que não recorda nada do que se passou, ou recorda-se dele de forma muito diferente?
Quando estou com um amigo ou familiar, e falamos de recordações e acontecimentos do passado, normalmente recordamo-nos do que se passou, de igual modo, acrescentando, cada um de nós, um ou outro pormenor que complementam e enriquecem os factos vividos por ambos.
Que acontecimentos considera memoráveis na vida da região e porquê?
A elevação de Vila Nova de Ourém a cidade - hoje Ourém e a vinda ao Santuário de Fátima dos papas, Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e Francisco.
Se pudesse propor a construção de um memorial público seria dedicado a quê ou a quem?
Trata-se de uma escolha difícil, especialmente se se considerar um panorama nacional. Pela minha proximidade a esse sector, sugeriria sempre um memorial de homenagem aos soldados da paz – os bombeiros.
Diz-se muitas vezes que as pessoas em cargos políticos têm má memória. Considera que já tinham má memória antes ou é um problema provocado pelos cargos para os quais são nomeadas ou eleitas?
É uma questão da formação da própria pessoa e dos seus princípios, bem como da sua honestidade e integridade moral.
Há quem seja defensor das tradições e há quem ache que as tradições são entraves ao desenvolvimento. O que pensa das tradições?
São importantes, diria, fundamentais. A nossa história, as nossas memórias, o nosso passado são as nossas bases. Não há nenhuma árvore que subsista sem as suas raízes. Por este motivo, considero que o desenvolvimento é possível lado a lado com as tradições.
Qual a tradição que nunca deixará de respeitar?
As reuniões familiares e tudo com o que com elas seja relacionado e as comemorações do 1º de Maio dos Bombeiros Voluntários de Ourém, com homenagem aos soldados da paz e dirigentes da instituição que já faleceram, com a deposição de coroas de flores e a romagem ao cemitério municipal, onde se celebra uma eucaristia em memória dos falecidos.
O que acha desta tradição de O MIRANTE assinalar cada aniversário pedindo aos seus leitores e anunciantes que partilhem as suas opiniões sobre um determinado tema?
Uma oportunidade de envolvimento e proximidade aos seus leitores que funcionarão como indicadores de novas correntes de pensamento e abertura de novos horizontes.
E que tema sugeria para o próximo?
Desafios para a região na próxima década: riscos e oportunidades.

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